ENCANTOS, CIÊNCIA E ANCESTRALIDADE: UMA PERSPECTIVA CIENTÍFICA, CULTURAL, ÉTNICO-RACIAL E LITERÁRIA NA ESCOLA

  • Autor
  • Angela Maria Moraes Pinheiro dos Santos
  • Co-autores
  • Ivanyele Ribeiro Pereira
  • Resumo
  •  

    A Feira Científica Cultural da Escola Municipal Maria Clara Gonçalves de Vasconcelos, situada na Comunidade São Pedro - Rondon 2, na estrada AM- 010, município de Itacoatiara teve como título: Em uma Perspectiva Científica, Cultural, Étnico Racial, Literária: Encantos, Ciência e Ancestralidade no Âmbito Escolar.  O evento teve como objetivo valorizar a diversidade cultural e étnica, destacando a importância da literatura e da cultura, resgatando valores regionais, reconhecendo a ciência como instrumento de compreensão do mundo e promovendo a igualdade. Reuniu   estudantes, professores e comunidade, com intuito promover os desafios de um trabalho que envolve a ciência, cultura e literatura étnico racial, promovendo a inclusão, a reflexão e o valor da diversidade cultural e regional. Os projetos foram elaborados e desenvolvidos na escola por meio da feira interna, a partir de consultas literárias, e tiveram como amostras a extração de tintas naturais, pinturas, coletas e confecções de cestas, apresentações de danças, teatro, coral, poemas e poesias de autores regionais e locais. Todas as atividades foram organizadas, produzidas e apresentadas por professores e alunos, evidenciando a identidade dos povos ancestrais e a valorização das manifestações culturais e étnicas por meio de práticas literárias e artísticas que estimulam o respeito às diferenças. Além disso, a feira promoveu a leitura, a oralidade e a análise de obras poéticas ligadas à cultura, integrando diferentes componentes curriculares como ciência, literatura e arte. O evento também destacou o papel da ciência no processo de extração, compreensão e transformação da realidade social, incentivando práticas pedagógicas que combatam preconceitos, promovam a equidade no ambiente escolar e fortaleçam o protagonismo estudantil. Segundo (ROBERTESON, 2000), as vivências proporcionadas por essas atividades pedagógicas envolvem os estudantes e os motivam a fazer ciência, incluindo os que de certa forma não estão interessados em aprender ou participar de atividades pedagógicas geradoras de conhecimento. Para Freire (1970), o diálogo e a reflexão crítica são essenciais para a formação de uma consciência transformadora, o que reforça a importância do protagonismo estudantil e da orientação docente na construção de narrativas que desafiam estereótipos racistas e valorizam a diversidade cultural e indígena.

    A feira teve como proposta articular saberes científicos e literários aos conhecimentos ancestrais das culturas indígenas, afro-brasileiras e locais, fortalecendo a identidade dos estudantes, promovendo a equidade e valorizando os múltiplos modos de ver e viver o mundo. Desse modo, está alinhada à BNCC, especialmente às competências gerais da educação básica, à educação para as relações étnico-raciais (Lei 10.639/03 e Lei 11.645/08), e à promoção da alfabetização científica crítica, integradora e plural. A organização do evento se inicia com a formação da equipe diretiva composta por representantes da equipe pedagógica, docentes, estudantes e membros da comunidade.

    Assim, as primeiras etapas revelaram-se fundamentais para nortear a organização da feira, garantindo a integração entre ciência, cultura, literatura e saberes ancestrais. Esse processo inicial possibilitou a construção de um espaço educativo plural, em que a valorização da diversidade e o diálogo entre diferentes formas de conhecimento fortalecem a aprendizagem e promovem a formação cidadã dos estudantes.

     

  • Palavras-chave
  • educação, ancestralidade, cultura
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
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