Este trabalho apresenta uma proposta pedagógica para o ensino de Química em uma escola indígena de Ensino Médio em Roraima. A pesquisa investigou como a utilização de um espaço não formal – um sítio arqueológico com inscrições rupestres – pode potencializar a aprendizagem de conceitos sobre substâncias e misturas. As atividades envolveram observação das pinturas rupestres, elaboração de mapas coletivos, oficinas de produção de tintas, experimentos práticos e uma exposição. Os resultados indicaram que a abordagem em espaço não formal favoreceu a contextualização, o engajamento e a construção de conhecimentos, embora tenham sido observadas dificuldades relacionadas à ausência de alguns alunos, à simplicidade na expressão escrita e às especificidades linguísticas. Conclui-se que a articulação entre saberes tradicionais e científicos por meio da etnoquímica contribui não apenas para o ensino de conceitos químicos abstratos, mas também para a valorização da identidade cultural indígena.
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