O presente artigo analisa o carnaval amazônico como espaço educativo não formal voltado à promoção da equidade racial e à valorização das culturas afro-amazônicas e indígenas. A investigação ancora-se em uma experiência vivenciada pelos autores no carnaval de Manaus, especificamente na Escola de Samba Reino Unido da Liberdade, cujo enredo de 2025 exaltou os orixás e reafirmou a força da ancestralidade africana. A participação nos ensaios, no barracão e no desfile revelou práticas pedagógicas coletivas, nas quais o samba-enredo, as alegorias e os rituais se constituíram como instrumentos de ensino-aprendizagem, mobilizando saberes, fortalecendo identidades e promovendo reflexões sobre equidade racial. Conclui-se que o carnaval amazônico, para além de uma festividade, é território pedagógico de resistência e emancipação, contribuindo para a construção de uma educação crítica, intercultural e antirracista.
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