Este estudo, desenvolvido no Programa de Pós-graduação em Educação da UFAM, analisa comparativamente as reformas curriculares no Brasil e no Chile (2019-2022), com foco na educação intercultural e no fortalecimento do Sul Global. Adota abordagem comparada crítica, baseada em análise documental da BNCC (2017), do Novo Ensino Médio e das Bases Curriculares chilenas (2019), articulada à teoria de Pierre Bourdieu e a perspectivas críticas latino-americanas. Os resultados indicam que, embora a diversidade cultural seja formalmente reconhecida, prevalecem lógicas de controle e homogeneização que limitam a descolonização curricular. No entanto, emergem possibilidades de resistência, sobretudo no Chile, onde movimentos sociais tensionam a ordem vigente. A originalidade da pesquisa está em articular análise documental e inserção empírica situada em campo, mostrando que a interculturalidade crítica não é ornamento normativo, mas escolha política capaz de projetar alternativas educacionais.
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