Este projeto parte da análise do movimento das Vanguardas Europeias em diálogo com os atuais desdobramentos da geração de imagens por meio da Inteligência Artificial (IA), situando-se em um período marcado por intensas transformações culturais, sociais e tecnológicas. Assim como a industrialização remodelou profundamente os modos de produção e impactou a vida de trabalhadores e criadores em diferentes esferas, a ascensão da IA também afeta, de forma direta, a produção artística e a percepção do papel do artista. Ao propor esse paralelo, o projeto convida a refletir sobre como as mudanças estruturais que hoje atravessam o campo da arte encontram ecos nos processos de ruptura que marcaram a transição da arte medieval para a arte moderna e, mais adiante, para a emergência das vanguardas. Diante da revolução artístico-tecnológica contemporânea e do crescimento expressivo da indústria de jogos digitais, o projeto buscou elaborar uma experiência que não se restringisse à mera reprodução estética, mas que levantasse questões socioculturais acerca da autoria, da criatividade e da valorização da arte em um contexto permeado por algoritmos. O objetivo foi oferecer não apenas uma vivência de entretenimento, mas também um espaço de reflexão crítica e de resgate histórico, recriando de forma lúdica a atmosfera e os dilemas de um período que redefiniu o fazer artístico.Essa estratégia ressalta a capacidade dos jogos digitais como uma forma de comunicação que pode engajar, entreter e aumentar a consciência cultural, estabelecendo o ARTIVIS como uma proposta inovadora que valoriza a criatividade, fortalece o pensamento crítico e amplia a compreensão do papel transformador da arte em contextos atuais.
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