O Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo, os quais são apontados como a melhor opção para se evitar doenças e possíveis pragas. Pesquisas científicas demonstram a relação entre seu uso e prejuízos à saúde humana e ao ambiente. Esta ambivalência provoca dúvidas e receios na população, pois boa parte consome produtos agrícolas e derivados, reconhecendo os danos que os agroquímicos causam, mas não compreendendo o motivo nem como isso afeta as duas vertentes. Dessa forma, objetivando esclarecer posicionamentos favoráveis e desfavoráveis quanto ao uso de agrotóxicos e seus efeitos, tendo como perspectivas futuras o compartilhamento das informações e conhecimentos, foi realizado um seminário na concepção econômica e política atual, que organiza a agropecuária para produzir e comercializar, em larga escala, alimentos padronizados a preços internacionais, independente dos custos de produção locais. A metodologia para discussão do tema e elaboração da exposição incluiu leitura de artigos científicos, teses, livros e dissertações sobre agrotóxicos, utilizando cinco descritores: capitalismo e questão agrária, agroquímicos, impactos ao ambiente e à saúde pública, intoxicação por agrotóxicos e resíduos nos alimentos. Como resultado dessa apresentação, percebeu-se a necessidade de implementar educação política e econômica para entender o fenômeno dos agrotóxicos na agropecuária brasileira, promover outros sistemas de produção que diversifiquem o relacionamento humano com a natureza, reduzindo o uso de agrotóxicos e outros insumos, contribuindo para a saúde ambiental e humana, através da produção de recursos alimentícios orgânicos e recursos madeireiros sustentáveis, além de subsídio financeiro para o produtor rural familiar.
Comissão Organizadora
Caique Ferreira Grave
Uinnie Paula
David Alves
Comissão Científica