TESTE DE GERMINAÇÃO E CRESCIMENTO DA ROSA-DO-DESERTO Adenium obesum (FORSSK.) ROEM. & SCHULT. COM MÉTODOS DE BAIXO CUSTO

  • Autor
  • Iana Rocha Vieira
  • Co-autores
  • Maria Dolores Ribeiro Orge
  • Resumo
  •  

    A Adenium obesum (rosa-do-deserto) (Forssk.) Roem. & Schult. da família Apocynaceae, é uma planta perene de folhagem caduca, originária de regiões tropicais e subtropicais da África e da Península Arábica. Este arbusto habita solo rochoso ou arenoso bem poroso e drenado em savana, floresta nativa, bosque e prado arborizados, podendo crescer até 5 m. A base do caule espessa com a idade até mais de 1 m de diâmetro. As flores de cores variadas contribuem para sua valorização no mercado de plantas ornamentais. As sementes longas e estreitas favorecem a dispersão. Na propagação da espécie, a semente viável deve ser plantada em meio arenoso e bem drenado. Esta espécie tem amplo uso na caça, pesca fitossanitário e medicina tradicional africana, por seus 30 glicosídeos cardiotóxicos semelhantes aos digitálicos. Sua seiva é um veneno em flechas para caça e morte rápida de grandes animais. Das raízes e casca do caule, o extrato aquoso é inseticida (mata-piolhos) e acaricida potentes; já o extrato alcoólico é citotóxico para carcinoma. Em doses baixas, trata insuficiência e arritmia cardíacas, e em doses altas provoca insuficiência cardíaca e morte. Mas é por seu uso ornamental e grande valorização comercial que a espécie foi disseminada pelo mundo. Este trabalho visou testar o potencial de germinação, sobrevivência e crescimento da espécie em cultivo de baixo custo. Na fase de germinação, foram testados 2 substratos: o primeiro com 20 sementes distribuídas (12/maio) sobre papel toalha umedecido, forrando o fundo do recipiente, e o segundo com 15 sementes posicionadas (19/julho) em terra vegetal adubada com oscomote dentro de recipiente plástico com furos para drenagem. Em ambos recipientes, as sementes foram umedecidas diariamente com borrifador e cobertos com filme plástico transparente para criar um efeito estufa, mantendo temperatura, umidade e luminosidade similares. Entre os resultados obtidos, das 20 sementes, apenas 12 germinaram (60%) no primeiro substrato, das quais 5 sobreviveram (25%) e foram plantadas em solo preparado, crescendo apenas 2 (10%) até 6 cm e 6 folhas em 1 mês, mas só 1 (5%) ainda está viva com 14 cm e 24 folhas após 6 meses. As baixas taxas de sobrevivência no primeiro substrato podem ser decorrentes da exposição e danos às raízes durante o plantio e a mudança para o solo. Já no segundo substrato, 11 sementes germinaram (73%), mas somente 8 plântulas (53%) sobreviveram, alcançando 6-8 cm e 10-12 folhas após 4 meses. Para garantir estas taxas mais altas de germinação, sobrevivência e crescimento das plântulas, o uso de substrato apropriado desde a germinação das sementes, a rega das plântulas no início da manhã e a mudança gradual de vaso proporcional ao crescimento contribuíram para o sucesso do segundo experimento. Desta maneira, o cultivo da espécie com baixo custo pode representar uma fonte de renda alternativa para produção e comercialização desta espécie ornamental por pessoas de baixa renda.

     

  • Palavras-chave
  • rosa-do-deserto, sementes, germinação.
  • Modalidade
  • Pôster
  • Área Temática
  • Botânica
Voltar
  • Biotecnologia
  • Educação
  • Biodiversidade, meio ambiente e sustentabilidade
  • Anatomia, fisiologia e bioquímica
  • Citologia, genética e biologia molecular
  • Zoologia
  • Botânica
  • Ecologia
  • Parasito e microbiologia
  • Bioética
  • Micologia

Comissão Organizadora

Caique Ferreira Grave
Uinnie Paula
David Alves

Comissão Científica