LEVANTAMENTO DE FUNGOS LIQUENIZADOS NOS DISTRITOS DE BREJINHO DAS AMETISTAS E PAJEÚ DO VENTO, CAETITÉ (BAHIA - BRASIL)

  • Autor
  • Sandra Silva Xavier
  • Co-autores
  • Diana Teixeira Cotrim , Genivaldo Cruz Santos
  • Resumo
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    Os fungos liquenizados são caracterizados pela associação de um fungo (micobionte) com uma alga ou cianobactéria (fotobionte). Esta estrutura é formada através do processo de mutualismo obrigatório ou simbiose entre duas ou mais espécies, sendo que uma favorece as condições ideais ao metabolismo da outra, vivendo em harmonia. Os liquens têm uma grande diversidade biológica, alta importância ecológica e ocorrência em quase todo ambiente, fixados a substratos tão variados como rochas, solo, madeira e matéria em decomposição. Quanto ao tipo de talo, pode diferenciar-se em filamentoso, crostoso, folioso, fruticoso, esquamuloso e dimórfico. Uma das principais características desses seres é o seu grande potencial bioindicador das alterações ambientais, pois são extremamente sensíveis às variações no meio em que vivem, sendo importantes no monitoramento da qualidade do ar no que se refere à concentração de dióxido de enxofre (SO2) na atmosfera, que é um gás proveniente de ações antrópicas e causador de chuvas ácidas. No nordeste brasileiro, a variedade liquênica é marcada com muitos representantes, entretanto os estudos nessa área ainda são incipientes, justificando assim a necessidade da realização de levantamentos das espécies encontradas no sertão da Bahia, onde o estresse hídrico é característico e os liquens são de grande importância ecológica para retenção da umidade no ecossistema, especialmente durante a estação seca prolongada. Neste estudo, as duas localidades selecionadas foram Brejinho das Ametistas, que apresenta a exploração da variante do quartzo, e Pajeú do Vento, outro distrito do município, ambas localizadas no município de Caetité, que se encontra em um bioma de transição entre a Caatinga e o Cerrado. Em cada área, durante o mês de setembro, na estação climática da primavera, percorreu-se uma extensão significativa a 12 km do território por trilhas, com coleta aleatória dos liquens em diferentes substratos durante o percurso; as amostras foram enumeradas para posterior identificação dos gêneros com o auxílio de chaves de classificação e exame ao microscópio estereoscópico no laboratório de microscopia da UNEB - Caetité (Campus VI). Em Brejinho das Ametistas, foram registrados sete gêneros: Parmotrema, Graphis, Lecanora, Hypogymnia, Xanthoparmelia, Teloschistes e Usnea. Já em Pajeú do Vento, o território percorrido durante as coletas demonstrou uma baixa ocorrência de liquens e aqueles encontrados já estavam mortos, não se sabe ao certo o fator ambiental que explique essa ausência. O longo período de estiagem é característico da região, entretanto a flora liquênica ainda demostra grande resistência perante esta condição, logo é possível verificar a alta ou baixa ocorrência de chuvas devido a quantidade de liquens e o desenvolvimento dos organismos.  

     

  • Palavras-chave
  • Bioindicador; Brejinho; liquens; Pajeú; transição.
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