ESPECTRO POLÍNICO DO MEL DE Apis mellifera L., COLETADO EM UMA REGIÃO DE CAATINGA NO MUNICÍPIO DE EUCLIDES DA CUNHA, BAHIA

  • Autor
  • Tainara da Silva de Jesus
  • Co-autores
  • Evenny Yslei Conceição Lima , Marisa Bispo de Queiroz , Luciene Cristina Lima e Lima
  • Resumo
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    A apicultura é uma atividade sustentável e estratégica que assume elevada importância para preservação das espécies da caatinga. Com o objetivo de inferir a origem floral do mel produzido por Apis mellifera L., na região de Caatinga no município de Euclides da Cunha/Bahia, foi realizada no Laboratório de Estudos Palinológicos (LAEP) – DCET II da Universidade do Estado da Bahia, a análise polínica de uma amostra de mel coletada na produção nos meses de janeiro e fevereiro de 2019. Para a preparação da amostra e montagem de lâminas foram empregados os métodos convencionais em melissopalinologia de acordo (Iwama & Melhem, 1979; Louveaux et ai, 1978) e com o procedimento de acetólise descrito por Erdtman (1960) e posterior identificação dos tipos polínicos por meio de descrições obtidas em literatura especializada e comparações com o laminário de referência disponível no LAEP, seguindo-se a contagem de um mínimo de 500 grãos de pólen na amostra a fim de agrupa-los em classes de frequência estabelecidas segundo Louveaux et al. (1978) em: pólen dominante (PD: > 45%),  pólen acessório (PA: 15 a 45%), pólen isolado importante (PII: 3 a 14%) e pólen isolado ocasional (PIO: <3%). A análise microscópica do sedimento presente no mel revelou a presença de oito tipos polínicos, dos quais seis tipos tiveram a sua determinação botânica confirmada, estando distribuídos em quatro famílias: ASTERACEAE- Gochnatia; EUPHORBIACEAE – Croton; FABACEAE – Mimosa caesalpiniifolia, Pityrocarpa moniliformis; MYRTACEAE – Campomanesia eugenioides, Psidium. Com relação à riqueza de tipos polínicos as famílias que mais se destacaram foram Fabaceae e Myrtaceae, ambas com dois tipos. Referente à frequência na amostra os tipos polínicos Gochnatia (38,78%), Campomanesia eugenioides (26,57%) e Pityrocarpa moniliformis (21,78%) foram classificados como pólen acessório, enquanto que Psidium (3,30%) e Croton (4,46%) foram enquadrados como pólen isolado importante. Vale ressaltar que o tipo Mimosa caesalpiniifolia não foi evidenciado na análise quantitativa, fato que pode estar relacionado com uma contribuição secundária na dieta dessas abelhas. As espécies vegetais Mimosa caesalpiniifolia Benth, Pityrocarpa moniliformis Benth e Campomanesia eugenioides (Cambess.) D. Legrand ex L. R. Landrum relacionadas aos tipos polínicos encontrados na amostra são endêmicas da Caatinga, portanto, podem ser consideradas como marcadores geográficos, confirmando a origem botânica do mel. (IC-CNPq e IC-FAPESB)

     

  • Palavras-chave
  • Recursos florais; Melissopalinologia; Tipos polínicos.
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