ECOSSISTEMAS COSTEIROS AFETADOS POR PETRÓLEO NO ESTADO DA BAHIA (BRASIL): ANÁLISE DE COMPOSTOS BIOGÊNICOS NO MANGUEZAL DE PORTO DO SAUÍPE, LITORAL NORTE

  • Autor
  • Othon Amâncio dos Anjos Sestito
  • Co-autores
  • Luana de Souza Silva dos Anjos , Bianca Oliveira dos Santos , Saulo Nascimento de Brito , Maria Dolores Ribeiro Orge , Márcia Lima de Jesus
  • Resumo
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    O estado da Bahia apresenta o maior litoral brasileiro com pouco mais de 1.100 km. Devido a sua grande extensão, essa costa marinha abriga diversos ambientes litorâneos: praias arenosas, recifes de corais, formações de arenito, costões rochosos e manguezais. O manguezal é um ecossistema de transição, importante transformador de nutrientes em matéria orgânica e sumidouro de carbono. A partir disso, é inegável a necessidade de estudos constantes em áreas como a análise dos sedimentos bioclásticos. Estes componentes biogênicos são originados de estruturas biomineralizadas e fragmentos esqueléticos de corais, espículas de poríferos, conchas de moluscos e outros, geralmente compostos por carbonato de cálcio e sílica. Através de sua análise, é possível avaliar prováveis mudanças ambientais causadas por desastres ecológicos que possam alterar esta dinâmica de deposição, a exemplo do ocorrido a partir de 03/10/2019, quando manchas de petróleo cru começaram a chegar ao litoral da Bahia, afetando os ecossistemas costeiros. Por esta razão, buscou-se realizar este estudo preliminar e pioneiro dos compostos biogênicos como indicador da qualidade do manguezal em Porto do Sauípe (12º24'181" S e 37º53'646" W), município de Entre Rios – Bahia (Brasil), com coleta de amostras no dia 29/10/2019 durante a maré baixa. Delimitou-se uma área amostral ao acaso, com 10 pontos equidistantes em 5 m. Em cada ponto foi lançado o quadrado amostral e inserido um tubo de PVC (40”) até a profundidade de 10 cm para coleta de amostras superficiais do sedimento do manguezal. As amostras foram armazenadas em coletores com capacidade para 100 g e levadas até o Laboratório de Solos da UNEB – DCET (Campus II – Alagoinhas). As amostras foram depositadas individualmente em placas de Petri e inseridas na estufa a 50ºC por 48 horas. Depois foram pesadas e tomados 15 g para análise granulométrica. Após o peneiramento, as amostras da peneira de abertura 0,59 mm (ABNT 30) foram usadas na triagem, restringindo-se 1 g de sedimento seco de cada amostra em balança digital para a análise dos componentes biogênicos. Em seguida, foram identificados e quantificados, com o auxílio de um microscópio estereoscópico, sendo separados com auxílio de pinças e fixados dez grãos por amostra em papel ofício. As 10 amostras analisadas resultaram em um total de 100 bioclastos, tendo sido encontrados: 25 fragmentos de conchas de bivalve, 17 foraminíferos, 14 espinhos de equinodermos, 13 fragmentos de algas vermelhas, 8 fragmentos de algas calcárias, 7 algas, 6 fragmentos de conchas de gastrópodes, 5 fragmentos de crustáceos, 3 conchas inteiras de gastrópodes e 2 escafópodes. Na pequena quantidade analisada de cada amostra de sedimento foram registrados componentes biogênicos e minerais característicos do ecossistema manguezal, não tendo sido encontrados resquícios provenientes da contaminação por petróleo no sedimento do manguezal afetado, fazendo-se necessária portanto uma maior triagem das amostras dos sedimentos biogênicos coletadas na área estudada.

     

  • Palavras-chave
  • Bahia; biogênicos; manguezal; petróleo; Porto do Sauípe.
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