ANÁLISE DA DIVERSIDADE PLANCTÔNICA DA LAGOA RIACHO DO MEL, ALAGOINHAS - BAHIA (BRASIL)

  • Autor
  • Thiago Araújo dos Santos
  • Co-autores
  • Maria Dolores Ribeiro Orge
  • Resumo
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    Localizada às margens da BR 110 no município de Alagoinhas - Bahia (Brasil), a lagoa Riacho do Mel ainda abriga uma comunidade de fito e zooplâncton, pequenos crustáceos e peixes, apesar das crescentes e variadas fontes de contaminação em seu entorno. A água da lagoa já não é clara como observado há mais de uma década, provavelmente devido à eutrofização da coluna d´água por resíduos líquidos e sólidos lançados, a ocupação desordenada, a construção de fossas sépticas próximas a margem da lagoa e o uso como área de lazer, prejudicando e modificando esse ambiente. O zooplâncton de água doce (limnoplâncton) não apresenta alta diversidade de invertebrados, cujos principais grupos são de protozoários, rotíferos, microcrustáceos (Copepoda e Cladocera), diversas larvas de insetos e alguns vermes, cnidários e larvas de moluscos. A fim de analisar a diversidade da comunidade planctônica presente na lagoa como bioindicador da qualidade de sua água, foi feita uma coleta composta de dois arrastos superficiais na lagoa em maio/2018, com auxílio de uma rede de plâncton. As amostras de água coletadas foram acondicionadas em coletores plásticos contendo solução fixadora de Transeau e posteriormente filtradas em laboratório, com filtro de papel, funil, proveta e frascos, onde os filtros de papel foram lavados com água destilada para coleta do material filtrado e sua posterior análise. O material foi analisado ao microscópio óptico e os exemplares de fito e zooplâncton foram fotografados e classificados com o auxílio de literatura específica. Foram identificadas espécies que suportam variações na qualidade da água. A diversidade fitoplanctônica encontrada foi relativamente maior do que a zooplanctônica, sendo o fitoplâncton pertencente aos gêneros Bambusina, Desmidium, Closterium e Cosmarium; e o zooplâncton mais abundante da Classe Copepoda em estágios inicial e avançado do desenvolvimento, sendo o mais comum em sua fase larval náuplio. O pH da água foi registrado em torno de 5,5, configurando uma água levemente ácida. A composição e abundância de espécies do zooplâncton podem ser alteradas em função de variações no ambiente, podendo ser bioindicador para avaliação da qualidade da água, mostrando declínio da biodiversidade em função da eutrofização e pH da água. Pela importância na rede trófica, o zooplâncton representa um alimento essencial para crustáceos e peixes da lagoa. E os copépodos são elo de ligação dentro da rede trófica, podendo ser usados como bioindicadores do estado trófico da lagoa, através da proporção Calanoida/Cyclopoida pois quanto maior a quantidade de Cyclopoida mais eutrófica está a água. A lagoa Riacho do Mel ainda conserva uma diversidade planctônica considerável, razão pela qual ações públicas devem ser feitas para retirada das fontes de contaminação no entorno deste recurso hídrico importante, antes que ela venha a desaparecer como a lagoa do Mato no mesmo município.

     

  • Palavras-chave
  • Alagoinhas; Bahia; lagoa; plâncton; Riacho do Mel.
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