Introdução: A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) define que um alimento seguro é aquele que não contém substâncias ou agentes nocivos em quantidades que possam vir causar danos à saúde humana. As principais doenças relacionadas à contaminação por alimentos e água são: intoxicações, febre tifoide, hepatites, infecções, botulismo, cólera. Objetivo: Monitorar, através do sistema (SIVEP-DDA) e (SINAN), possíveis surtos provocados por diarreias, sendo suas possíveis causas, as Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar (DTHA), no estado de Rondônia. O estudo busca subsidiar ações para a detecção precoce de surtos, investigando suas causas, a fonte de infecção e agentes etiológicos, para promoção de educação em higiene e segurança dos alimentos, a fim de melhorar as medidas de prevenção e controle. Métodos: Estudo descritivo sobre surtos por DTHA em Rondônia, no período de 2018 a 2022, englobando a coleta, consolidação e análise de dados mínimos, como: alimentos suspeitos, nº de pessoas que consumiram o alimento, nº de pessoas afetadas, tempo transcorrido entre a alimentação e ocorrência dos sintomas, e principais sintomas. Resultados: No período de 2018 a 2022, foram notificados 205 surtos por Síndrome Diarreica Aguda, onde 146 foram investigados e 60 tiveram amostras coletadas, alguns com amostra positivas para coliformes fecais e E.Coli. Em relação ao período pré-pandêmico,ocorreu uma queda de 40% nas notificações. Em 2019 ocorreu um surto por botulismo alimentar, onde 5 pessoas foram intoxicadas pelo bacilo Clostridium botulinum, através de uma linguiça caseira. Diante do exposto, as pessoas intoxicadas, foram internadas, intubadas, sendo utilizado o soro antibotulínico, mas sem óbito. Conclusão: A vigilância epidemiológica (VE-DTHA), é fundamental para monitorar e detectar surtos, investigar suas causas e implementar medidas de prevenção e controle, investindo em capacitações sobre alimentos seguros, higiene, sistemas e a importância das notificações. Uma das ações prioritárias para prevenção e redução dos riscos e surtos de DTHA é a prática de higiene pessoal, coletiva e manejo adequado de alimentos para o consumo e o tratamento adequado da água, seguindo o que rege as RDC 275 de 2002-Dispõe sobre as Boas Práticas de Fabricação (BPF) e a RDC 216 de 2004- Dispõe sobre as Boas Práticas para os Serviços de Alimentação (BPA). Portanto, mostrando amplamente as ações trabalhadas e a importância contínua da VE para a saúde pública.
Comissão Organizadora
Dv. de Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar
Centro de Vigilância Epidemiológica "Prof. Alexandre Vranjac"
Comissão Científica
Alessandra Lucchesi de Menezes Xavier Franco
Bernadete de Lourdes Liphaus
Fabrício Augusto Moscardini Nobile
Fernanda Florência Fregnan Zambom
Juliana Monti Dias
Nidia Pimenta Bassit
Vitória Oliveira de Souza
dvhidri@saude.sp.gov.br
(11) 3066-8758