PARALISIA FLÁCIDA AGUDA EM PACIENTE PEDIÁTRICO: RELATO DE CASO ASSOCIADO À VACINAÇÃO CONTRA POLIOMIELITE

  • Autor
  • Alana Augusta de Menezes
  • Co-autores
  • Marcia Wakai Catelan , Maria Lúcia Machado Salomão , Eliana Cristina Toledo , Vanessa Ambrósio Batigália , Ana Karolina Barreto Berselli Marinho , Michela Dias Barcelos , Ana Paula Munhoz Bolgue Gasparini
  • Resumo
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    Objetivo: Apresentar relato de caso de Paralisia Flácida Aguda (PFA) em paciente pediátrico associado à vacinação contra Poliomielite, explorando a apresentação clínica e as condutas associadas. Método: Relato de caso de PFA em criança de 1 ano e 5 meses de idade, sexo masculino e residente de Jales/SP, ocorrido em janeiro de 2023, com atendimento hospitalar e ambulatorial no município de São José do Rio Preto/SP. Principais resultados: O paciente iniciou os sintomas em 03/01/2023, menos de 15 dias após vacinação com VOP e DPT realizada em 20/12/2022, na qual apresentou febre, claudicação em membro inferior esquerdo com progressão para o direito e membro superior esquerdo. Devido rigidez de nuca foi encaminhado para hospitalização em 07/01/2023, sendo coletado líquor com alterações sugestivas de meningite viral (leucócitos: 60, hemácias: 2, lactato: 1,7, neutrófilos: 3%, linfócitos: 73%, monócitos: 24%, proteína: 32, glicose: 61, bacterioscopia e cultura: negativa, anticorpos herpes simples: negativo). Devido piora clínica, com dificuldade de deglutição e sustentação de região cervical e face foi realizada suspeita de Poliradiculoneurite e Síndrome de Guillain Barre. No dia 09/01/2023 o paciente foi transferido para UTI com uso de imunoglobulina humana, corticoide e aciclovir. Realizado ressonância de crânio e coluna que demonstrou possibilidade de rombencefalite e mielite de provável etiologia viral com padrão sugestivo de Enterovírus. Alíquotas de líquor e fezes foram enviadas a Fiocruz e ao Instituto Adolfo Lutz para investigação, obtendo resultado de RT-PCR detectável para Enterovírus e Poliovírus Vacinal tipo 3 no líquor, e isolamento viral para Poliovírus negativo em líquor e fezes. O paciente recebeu alta hospitalar no dia 27/01/2023 e está em acompanhamento no Ambulatório de Doenças Raras e Imunologia da FUNFARME, na qual mantém o uso de imunoglobulina humana e aguarda teste genético para avaliar a ligação gênica de Agamaglobulinemia. O caso foi notificado para PFA e Eventos Supostamente Atribuíveis à Vacinação ou Imunização, sendo classificado como associado à vacina. Conclusões: Este relato de caso reforça a possibilidade da exposição vacinal contra Poliomielite no desenvolvimento da PFA e destaca a importância de um bom manejo clínico para a evolução do caso. A apresentação e discussão de eventos raros como este permitem o aprimoramento da prática clínica, contribuindo para o conhecimento dos profissionais de saúde e pesquisadores.

     

  • Palavras-chave
  • Paralisia, Poliovirus, Enterovirus, Vacina Oral contra Poliomielite, Criança.
  • Modalidade
  • Pôster
  • Área Temática
  • O primeiro passo da vigilância: a investigação clínica
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  • O primeiro passo da vigilância: a investigação clínica
  • Painel Estratégico: Ações de Saúde Pública para Prevenção e Detecção de Doenças Reemergentes
  • Protocolos para diagnóstico laboratorial de DTHA

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