Introdução: O suicídio é considerado, pela Organização Mundial de Saúde, um problema de saúde pública mundial, contendo as populações de lésbicas, gays, bissexuais, trans, queers, intersexuais e assexuais (LGBTQIA+) como grupo de risco. Todavia, vale a pena salientar que existem diferenças entre os subgrupos que compõem as minorias sexuais, portanto, os índices de suicídio variam muito e devem ser analisados segundo as particularidades de cada subgrupo. A população LGBTQIA+ é exposta a vários fatores, como preconceito e exclusão, os quais desencadeiam problemas de saúde mental, aumentando os fatores de risco individuais para o suicídio. Dessa forma, o objetivo desse estudo foi analisar os fatores relacionados ao suicídio no contexto da população LGBTQIA+. Métodos: Realizou-se uma revisão integrativa através de pesquisa realizada nas seguintes bases de dados: SciELO e Scholar Google. Foram incluídos 15 artigos originais entre os anos de 2015 e 2020. Os seguintes Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) foram utilizados na seleção dos artigos: Minorias Sexuais, Suicídio e Saúde Mental. Resultados: O suicídio afeta as minorias sexuais e de gênero de modo geral, entretanto, sabe-se que nas populações bi e transexual os índices de suicídio são maiores. A associação entre população LGBTQIA+ e o risco de suicídio tem sido entendida sob a perspectiva dos determinantes sociais da saúde. A vergonha e a sensibilidade à rejeição foram mediadoras da associação entre vitimização heterossexista e o risco de suicídio para subgrupos de minorias sexuais, principalmente lésbicas e gays. Segundo estudos, a discriminação, maior exposição à ambientes hostis, vitimização homofóbica tradicional por bullying, histórico de abuso sexual, rejeição familiar são fatores de risco para suicídio para as minorias sexuais e de gênero. Quanto ao fator protetivo, o apoio familiar é o mais destacado. Conclusões: Portanto, fica claro que pessoas pertencentes às minorias sexuais de gênero possuem maior risco de cometer suicídio do que os indivíduos heterossexuais, logo, é incontestável que medidas devam ser tomadas para proteger essa população. Reconhecer os fatores de risco e de proteção são fundamentais para elaboração de estratégias que visem minimizar o risco de suicídio dentro da população LGBTQIA+. Além disso, é de suma importância que haja melhor capacitação de educadores e profissionais da saúde para lidar com as particularidades e vulnerabilidades desta população.
Documento com os trabalhos publicado em: https://doity.com.br/iv-jornada-academica-de-medicina/blog/anais.
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Juan Felipe Galvão da Silva
Ludmila Raynner Carvalho Alves
Ana Gabriella de Freitas Queiroz
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