Introdução e objetivos: A necessidade de sensibilização de profissionais da saúde para o atendimento humanizado da população LGBT+ (Lésbicas, gays, bissexuais e transexuais) é uma das principais metas para as políticas públicas de saúde formuladas para esse segmento. Por isso, destaca-se a relevância da construção de um currículo que aborde as lacunas da formação médica sobretudo na atenção básica. Nesse contexto, a disciplina de Atenção à Saúde da População LGBT, oferecida pela Escola Multicampi de Ciências Médicas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte foi ofertada devido a importância da intervenção pedagógica na formação dos profissionais que atuam na área da saúde, tendo em vista a necessidade de reconhecer as individualidades, respeitá-las e dar sua visibilidade. Relato de experiência: A disciplina foi ofertada no período suplementar 2020.5 que corresponde ao intervalo de 14/06/2020 a 29/07/2020. As atividades do módulo foram construídas a partir do ensino remoto, síncrono e assíncrono. Sendo abordadas aulas expositivas e dialogadas por meio de videoconferência, leituras, discussão de textos, fóruns de discussão online, utilização de materiais audiovisuais, além de trazer convidados experientes no tema da aula para enriquecer o debate. A 1ª unidade teve como foco os conceitos introdutórios e na 2ª unidade foram discutidos aspectos clínicos na perspectiva do trabalho colaborativo em saúde. A primeira avaliação foi individual a partir de atividades e discussões ao longo da disciplina; a segunda foi a elaboração de um produto sobre a saúde da população LGBT. Enquanto discentes, podemos dizer que a disciplina trouxe uma carga riquíssima de discussões e conteúdos para a nossa formação. Além de todo o aporte teórico, foi construído um ambiente muito acolhedor - com rodas de conversas e aulas dialogadas - e partir disso foi possível conhecer a vivência, tanto pessoal quanto profissional de pessoas da comunidade, sobretudo as transexuais que representam o grupo de maior exclusão. É importante ressaltar que as atividades práticas (que não ocorreram por ser uma modalidade de ensino remoto) poderiam ter enriquecido ainda mais a experiência, sendo, portanto, fundamentais para consolidar os conhecimentos adquiridos. Conclusão: Dessa forma, consideramos válida a proposta da disciplina. Os profissionais de saúde são agentes transformadores em nossa sociedade e é essencial que seja fomentada uma educação plural e libertadora nas instituições de ensino.
Documento com os trabalhos publicado em: https://doity.com.br/iv-jornada-academica-de-medicina/blog/anais.
Comissão Científica Discente
Liga Acadêmica de Medicina de Família e Comunidade
Juan Felipe Galvão da Silva
Ludmila Raynner Carvalho Alves
Ana Gabriella de Freitas Queiroz
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Liga Acadêmica de Medicina de Família e Comunidade
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