INTRODUÇÃO: A exclusão e violência sofrida pela comunidade LGBTQIA+ desde os momentos iniciais de reconhecimento enquanto pessoa parte desta comunidade impacta no exercício de cidadania destes, ceifando o direito à educação e à saúde. OBJETIVO: Descrever o impacto da violência e do preconceito na qualidade de vida dos indivíduos que fazem parte da comunidade LGBTQIA+. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa qualitativa, realizada por meio de uma revisão integrativa de literatura. Primeiro, foi escolhida a questão norteadora “quais os impactos da violência na qualidade de vida de uma pessoa pertencente à comunidade LGBTQIA+?”, em seguida, escolheram-se os descritores: LGBTQIA+ e Violência, resultando em 147 artigos encontrados. Após a triagem de anos 2015-2020 e de idiomas, restaram os 19 artigos utilizados na pesquisa. RESULTADOS: Os dados do Grupo Gay da Bahia indicam que, entre os períodos de 2001 a 2010, estavam registrados 1608 casos de mortes de LGBTQIA+, devido ao preconceito. Nesse sentido, o Brasil apresenta a maior taxa de mortalidade desses indivíduos, sendo no Nordeste as maiores taxas de violência à comunidade. Observa-se, ainda, que a violência mais vivenciada é a psicológica, seguido da física e da sexual. No que se refere às agressões, foram citadas: empurrões e socos. Evidenciou-se, também, a presença de lesões por queimaduras, hematomas e lesão por quebra de dentes, e que o agressor geralmente é uma pessoa desconhecida. Essas violências afetam a vida do indivíduo em diversos sentidos, entre eles a limitação do acesso à saúde, a corroboração para o aparecimento e estabelecimento de problemas psíquicos, dificuldades no que se refere ao relacionamento com outros indivíduos e afetar até mesmo a renda desses indivíduos, uma vez que, se estabelecidos em algum trabalho, o ambiente também é hostil para ele ser quem é. CONCLUSÃO: O preconceito, portanto, desfavorece a qualidade de vida das pessoas LGBTQIA+, uma vez que os expõe a situações de extrema violência. Nesse sentido, é inevitável discutir a importância de ampliar os debates a respeito da diversidade para que assim se possa quebrar esse paradigma socialmente construído.
Documento com os trabalhos publicado em: https://doity.com.br/iv-jornada-academica-de-medicina/blog/anais.
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Liga Acadêmica de Medicina de Família e Comunidade
Juan Felipe Galvão da Silva
Ludmila Raynner Carvalho Alves
Ana Gabriella de Freitas Queiroz
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