RISCO DE EVENTOS CARDIOVASCULARES NA POPULAÇÃO TRANS: UMA REVISÃO DE LITERATURA

  • Autor
  • Lívia Oliveira Moura dos Santos
  • Co-autores
  • Willyanne Victhória Figueiredo e Luna , Wendson Batista Fonseca , Alka Daby Nascimento de Sales
  • Resumo
  • INTRODUÇÃO E OBJETIVOS: A terapia hormonal de afirmação de gênero é administrada para alinhar as características físicas à sua identidade de gênero com o objetivo de melhorar a saúde mental e reduzir a disforia. A terapia hormonal masculinizante para indivíduos designados ao sexo feminino no nascimento (homens trans) envolve mais comumente a administração de testosterona. Já a terapia hormonal feminizante para indivíduos designados ao sexo masculino no nascimento (mulheres trans) envolve reposição de estrogênio e supressão de testosterona endógena. Assim, é necessário explorar as evidências disponíveis sobre a associação entre a terapia hormonal e os eventos cardiovasculares na população trans. METODOLOGIA: O método escolhido foi a revisão integrativa. A priori, estabeleceu-se a questão norteadora “quais os efeitos da terapia hormonal de afirmação de gênero no sistema cardiovascular?”. Logo em seguida, buscou-se na base de dados SCIELO e PUBMED a partir da triagem de artigos selecionadas por meio das respectivas características: atualidade (2015-2020), respaldo científico e adequação ao tema. Os descritores utilizados foram: ”Hormônio”, “Transexual” e “Cardiovascular” Encontrou-se um total de 102 artigos, dos quais, após uma leitura do título e resumo, apenas 12 se correlacionaram com o tema central. RESULTADOS: Em uma comparação ajustada à idade com pessoas cisgênero, as pessoas trans parecem ter um risco aumentado de infarto do miocárdio e morte devido a doença cardiovascular.  Há fortes evidências de que a terapia com estrogênio para mulheres trans aumenta o risco de tromboembolismo venoso em mais de 5 vezes. Em relação à pressão arterial, a maioria dos estudos mostra um aumento na pressão sistólica em mulheres trans. Já em homens trans, a terapia com testosterona aumenta consistentemente a pressão arterial sistólica e pode aumentar a pressão arterial diastólica. Para lipídios, a terapia hormonal pode aumentar os triglicerídeos em mulheres e homens trans. Nos homens trans, a terapia com testosterona também pode aumentar o colesterol LDL e diminuir o colesterol HDL. Ademais, a terapia feminizante agrava a resistência à insulina. CONCLUSÃO: Assim, em estudos epidemiológicos, homens trans e, principalmente, mulheres trans parecem ter um risco aumentado de doença cardiovasculares presumivelmente devido à terapia hormonal.

     

  • Palavras-chave
  • Hormônio, Transexual, Cardiovascular.
  • Área Temática
  • Epidemiologia e Saúde Coletiva e a comunidade LGBTQIA+
Voltar Download

Documento com os trabalhos publicado em: https://doity.com.br/iv-jornada-academica-de-medicina/blog/anais.

  • Doenças infecciosas na comunidade LGBTQIA+: estigma e promoção de saúde
  • O Sistema Único de Saúde e a população LGBTQIA+
  • Epidemiologia e Saúde Coletiva e a comunidade LGBTQIA+
  • As bases psicológicas, biológicas e comportamentais da transexualidade
  • Gênero e sexualidade
  • Saúde mental LGBTQIA+
  • Direitos e conquistas sociais da População LGBTQIA+
Coordenadora da Comissão Científica
 
Danielly Christine Vargas Espíndula Leite

Comissão Científica Discente

Liga Acadêmica de Medicina de Família e Comunidade
Juan Felipe Galvão da Silva
Ludmila Raynner Carvalho Alves
Ana Gabriella de Freitas Queiroz

Comissão Científica

Adriana Assis Carvalho
Aridiane Alves Ribeiro
Cassia Regina Suzuki Caires Flores
Luciana de Moraes Bernal Meneguini
Ana Paula da Silva Perez 
Verônica Clemente Ferreira

Liga Acadêmica de Medicina de Família e Comunidade

Universidade Federal de Jataí

e-mail: ufgligamfc@gmail.com

instagram: lamfacufj