CUIDADOS MÉDICOS AOS ATLETAS TRANSEXUAIS: UMA REVISÃO SISTEMATIZADA

  • Autor
  • Jardel de Almeida Monteiro
  • Co-autores
  • Sarah Amancio Valvassoura , Filipe Teixeira Rincon , Aline Alves Moura , Janinne Boaventura de Oliveira Silva , Matheus Henrique de Abreu Araujo
  • Resumo
  • Introdução e objetivos: As pessoas transexuais são aquelas que possuem identidade de gênero diferente com o sexo ao nascer. Nesse sentido, podem passar por diversos procedimentos médicos, tais como, terapia hormonal ou psicoterapia para a afirmação da sua identidade de gênero. Logo, é essencial que todas as particularidades dessa comunidade seja considerada para os cuidados em saúde, especialmente, dos atletas. Dessa forma, o presente estudo objetiva revisar criticamente alguns tópicos sobre o cuidado médico dos atletas transexuais. Métodos: O estudo configura-se em uma revisão de literatura sistematizada em que se realizou uma pesquisa bibliográfica na base de dados PubMedcom os descritores Transgender person e sports medicine. A qual resultou em 6 trabalhos, selecionando-se os artigos completos a respeito do tema. Resultados: Diante dos quatro estudos analisados, constatou-se que é preciso atenção especial da equipe para uma rotina de acompanhamento de saúde óssea, especialmente, das atletas trans que suspenderam a terapia hormonal após gonadectomia, já que é um fator de risco para baixa densidade óssea. Ademais, a terapia hormonal com estrogênio é um fator de risco para tromboembolismo em mulheres trans, contudo, com o devido acompanhamento, é possível realizar essa terapia de forma segura, dando preferência, se possível, à via transdérmica, além de avaliar se os hormônios endógenos são suficientes para a manutenção de sua saúde, uma vez que devido às restrições quanto ao uso de testosterona exógena, existe a possibilidade de queixarem sintomas de menopausa. Quanto à saúde articular, é preciso ter atenção às atletas trans em terapia estrogênica em relação à possibilidade de lesão ligamentar, principalmente, de LCA. É essencial considerar que os atletas trans que não passaram por procedimentos cirúrgicos podem ter algumas injúrias específicas, por exemplo, atletas mulheres trans que ainda não passaram por tratamento adequado de desenvolvimento dos seios, podem optar por inserir substâncias não certificadas na região mamária com finalidade de afirmação de gênero. Entretanto, deve-se instruir a paciente para optar pelos tratamentos padrões, visto que se eleva o risco de eventos adversos ao não fazê-lo. Conclusão: É preciso maior atenção dos profissionais de saúde ligados ao desporto, a fim de prevenir doenças e promover saúde aos atletas trans, bem como mais estudos para o completo entendimento das especificidades fisiológicas dessa população.

  • Palavras-chave
  • Pessoa transgênero, Medicina do Esporte, Equidade.
  • Área Temática
  • Epidemiologia e Saúde Coletiva e a comunidade LGBTQIA+
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Documento com os trabalhos publicado em: https://doity.com.br/iv-jornada-academica-de-medicina/blog/anais.

  • Doenças infecciosas na comunidade LGBTQIA+: estigma e promoção de saúde
  • O Sistema Único de Saúde e a população LGBTQIA+
  • Epidemiologia e Saúde Coletiva e a comunidade LGBTQIA+
  • As bases psicológicas, biológicas e comportamentais da transexualidade
  • Gênero e sexualidade
  • Saúde mental LGBTQIA+
  • Direitos e conquistas sociais da População LGBTQIA+
Coordenadora da Comissão Científica
 
Danielly Christine Vargas Espíndula Leite

Comissão Científica Discente

Liga Acadêmica de Medicina de Família e Comunidade
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Ludmila Raynner Carvalho Alves
Ana Gabriella de Freitas Queiroz

Comissão Científica

Adriana Assis Carvalho
Aridiane Alves Ribeiro
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Luciana de Moraes Bernal Meneguini
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Liga Acadêmica de Medicina de Família e Comunidade

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