Introdução e objetivos: Sabe-se que a prática frequente de exercícios físicos e esportes é benéfica para diversos aspectos da saúde humana. Entretanto, a presença de pessoas trans em esportes ainda é baixa, principalmente, em esportes de elite. Nesse contexto, a participação de atletas trans em esportes e competições esportivas é complexa e controvérsia, sendo um fator de sofrimento psíquico para muitos atletas transgêneros. Dessa forma, o presente estudo tem por objetivo revisar criticamente a inserção dos atletas trans em esportes e competições esportivas. Métodos: Trata-se de um estudo do tipo revisão de literatura em que se realizou uma pesquisa bibliográfica na base de dados PubMed, utilizando os descritores “Transgender person”, “inclusion” e “sports”. Nessas circunstâncias, seis trabalhos foram encontrados, de modo que um deles foi descartado por sua estrutura não corresponder aos objetivos do presente trabalho. Assim, cinco artigos compuseram a amostra para análise. Resultados: Parte dos artigos afirmam ser injustificáveis as regras esportivas relacionadas à exigência de tratamento com hormônio do sexo cruzado, devido à escassez de evidências que sugerem vantagem para atletas trans caso no caso de essa diretriz não for seguida. Por outro lado, há o argumento de que é necessária uma investigação maior, visto que, principalmente mulheres trans, poderiam ser beneficiadas pelo fato de sua estrutura física ter sido previamente construída com base em quantidade hormonais muito diferentes do que ocorre em mulheres cis. Outro ponto importante evidenciado é que as normais que tentam, de alguma forma, restringir a participação de atletas transgêneros, desestimulam esses à prática esportiva e são vistas, quase sempre, como um reflexo da discriminação que grupos LGBT ainda enfrentam. Há ainda o relato de atletas trans, os quais afirmaram que já vivenciaram situações de homofobia e de exclusão. Conclusão: Fica claro, assim, a escassez de evidências científicas para fundamentar as políticas de inclusão da população trans em esportes. É necessário fortalecer o debate acerca das implicações sociais que restringem a participação esportiva trans.
Documento com os trabalhos publicado em: https://doity.com.br/iv-jornada-academica-de-medicina/blog/anais.
Comissão Científica Discente
Liga Acadêmica de Medicina de Família e Comunidade
Juan Felipe Galvão da Silva
Ludmila Raynner Carvalho Alves
Ana Gabriella de Freitas Queiroz
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