Como as plantas funcionam: desenvolvimento de uma cartilha para popularizar a fisiologia vegetal e mitigar a impercepção botânica
Embora fundamentais para a manutenção da vida e base dos ecossistemas, as plantas são frequentemente esquecidas no ensino e no cotidiano, sendo muitas vezes sequer percebidas como seres vivos. Essa dificuldade de percepção, conhecida como impercepção botânica, compromete a construção de uma consciência ambiental crítica e contribui para a falta de interesse por conteúdos de botânica nas escolas. Este trabalho aborda esse fenômeno em um contexto educacional geral, com base na análise de documentos como a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e o Currículo Paulista, ambos direcionados principalmente às redes públicas de ensino. Dentre os conteúdos botânicos mais negligenciados, a fisiologia vegetal destaca-se por sua complexidade e baixa presença no ensino fundamental e médio. Para enfrentar essa lacuna, este estudo apresenta o desenvolvimento de um material paradidático ilustrado e interativo, voltado à divulgação científica da fisiologia vegetal para o público infantojuvenil. A delimitação desse público baseou-se em levantamento bibliográfico sobre impercepção botânica e sobre a carência de materiais voltados a essa faixa etária. A cartilha foi construída a partir de revisão de literatura, análise curricular (BNCC e Currículo Paulista) e levantamento de conteúdos frequentemente cobrados em vestibulares estaduais e nacionais, com destaque para a fisiologia vegetal. Não foram analisados livros didáticos adotados em escolas, devido à dificuldade de acesso a essas coleções em uso. Na elaboração do material, priorizou-se uma linguagem acessível, com uso de metáforas, perguntas provocativas, QR codes direcionando para vídeos explicativos, com propostas de experimentos simples e de baixo custo com materiais do cotidiano. Os principais temas abordados incluem fotossíntese, relações hídricas e nutrição mineral, organizados de forma lúdica e atrativa. Até o momento da submissão deste resumo, a cartilha encontra-se finalizada, mas ainda não aplicada, sendo sua utilização prevista em espaços de educação não formal, como museus, jardins botânicos e zoológicos. A proposta busca mitigar a impercepção botânica e contribuir para o ensino de fisiologia vegetal, promovendo maior engajamento dos estudantes com os conteúdos científicos desde as séries iniciais.
Palavras-chave: impercepção botânica, fisiologia vegetal, divulgação científica
Comissão Organizadora
Estudantes de biologia da Universidade Estadual de Campinas.
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