Os cuidados paliativos atuam nos pacientes que enfrentam condições ameaçadoras à vida e nos seus familiares, agindo do acolhimento ao processo de luto familiar, utilizando-se do diagnóstico precoce e do tratamento dos sintomas físicos, psicossociais e espirituais. Essas crenças espirituais podem ou não estar relacionadas à religião, tratando-se de uma busca de sentido à vida, com demandas individuais em cada uma dessas pessoas. O presente artigo tem como objetivos compreender a importância da espiritualidade nos cuidados paliativos, além de apontar uma ferramenta que permita aos médicos abordar a temática espiritual com seus pacientes, e dimensionar a relevância do assunto dentro da graduação. Para alcançar tais objetivos foi realizada uma revisão bibliográfica de literatura do tipo descritiva, em artigos avaliados nas bases de dados Pubmed e SciELO publicados nos últimos 10 anos, incluindo pesquisas exploratórias, descritivas, explicativas e relatos de casos. Os estudos mostraram que a espiritualidade trouxe um efeito positivo em: dor crônica; psoríase em pacientes recebendo fototerapia; função imunológica; efeitos menos adversos em pacientes cardíacos; sucesso na fertilização in vitro; maior apoio social e menos sintomas depressivos entre pacientes geriátricos; luto; maior fator de proteção ao desespero do fim da vida, através de menos ansiedade, depressão e angústia da morte. O conhecimento dos profissionais sobre as evidências dos métodos da espiritualidade, nos quais os pacientes estão mais interessados, é a via de escolha para a abordagem mais direcionada e eficaz, e reduzem-se os pedidos de acelerar as mortes. A relevância desse estudo para graduandos de medicina é de extrema importância, para que conheçam onde poderão adotar e valorizar a espiritualidade nos cuidados paliativos. A pesquisa em espiritualidade e saúde evoluiu de relativa obscuridade há 10 anos para um campo de pesquisa próspero no presente, mas na maioria dos estudos foi reduzida em grande parte a um conceito vazio de religião. O componente coletivo da espiritualidade é amplamente ofuscado por uma abordagem individualista do paciente, que não levou em conta famílias e profissionais de saúde por meio de experiências compartilhadas. Finalmente, as discussões têm se concentrado nas questões conceituais e atitudinais, com pouca visão sobre as experiências espirituais desses indivíduos, ficando evidente a necessidade de pesquisas qualitativas mais rigorosas.
Comissão Organizadora
Comissão Avaliadora:
- Isis Nunes Veiga
- Viviana Nilla Olavarria Gallazzi
- Barbara Maria Santos Caldeira
- Kiyoshi Ferreira Fukutani
- Renato Guizzo
- Misa Cadide Duarte
- Everton Tenorio De Souza
- Jorgas Marques Rodrigues
- Thiago Barbosa Vivas
- Vanessa Serva Vazquez
- José Tadeu Raynal Rocha Filho
- Luis Filipe Daneu Fernandes
- Marta Sobral Ferreira
- Taíse Peneluc Menezes
- José Cupertino Nogueira Neto
- Amanda Catariny De Oliveira Silva
- Edvana dos Santos Ferreira
- Michelle Castro Montoya Flores
- Tiago Landim d'Avila
- Julie Alvina Guss Patricio
- Soraya Fernanda Cerqueira Motta
- Naiara Moreira Pimentel
- Janete Braga Vilas Boas
- Michel Pordeus Ribeiro
- Valquiria Lima Cavalcanti
Comissão Científica
- Anédia Dourado
- Nathan Keneitsi de Souza Ogochi
- Vanessa Serva Vazquez
- Thiago Barbosa Vivas
- Barbara Maria Santos Caldeira