MORTALIDADE POR QUEDAS DO MESMO NÍVEL: UM OLHAR CRÍTICO SOBRE BRASILEIROS ACIMA DE 60 ANOS

  • Autor
  • Ubirajara Gomes dos Santos
  • Co-autores
  • Maria Eduarda Mota Oliveira , Amanda Brandão Pita , João Henrique Fonseca do Nascimento , André Gusmão-Cunha , André Bouzas de Andrade
  • Resumo
  • Introdução. Queda do mesmo nível de altura ainda constitui um importante problema de saúde pública, particularmente na população acima de 60 anos. Inquéritos epidemiológicos que tracem o perfil dessas vítimas são cruciais para fundamentar ações preventivas e promover redução de risco. Objetivo. Executar uma análise epidemiológica crítica sobre a mortalidade relacionada às quedas do mesmo nível na população brasileira. Métodos. Estudo epidemiológico, de caráter ecológico, com dados elencados no SIM/DATASUS, utilizando-se o código W01 do Código Internacional de Doenças-10, no período de 2010 a 2020 (último ano disponível). Foi utilizado o VassarStats - Statistical Analysis (Vassar College, USA) para análise estatística, considerando p<0,05 significativo. Resultados. De 2010 a 2020, ocorreram 16.836 óbitos por quedas do mesmo nível no Brasil. A média anual de óbitos na população maior que 60 anos (1.319,1±382,9) foi significativamente superior à dos menores de 60 anos de idade (211,5±33,4; p<0,05), com uma proporção média de 1:6,2. No período analisado, houve forte tendência de crescimento de óbitos nos maiores de 60 anos (r²=0,9816; p<0,05). Entre as vítimas fatais acima de 60 anos, 65,12% (9.450) tinham 80 anos ou mais, 24,10% (3.498), 70 a 79 anos e 10,76% (1.562), 60 a 69 anos. A média anual de óbitos na faixa etária de 80 ou mais anos (896±238,4) foi significativamente superior à dos 70 a 79 (330±82,9; p<0,05) e 60 a 69 (148±37,1; p<0,05). No período estudado, a região Sudeste apresentou mediana anual de óbitos (480) significativamente superior à do Norte (78; p<0,05), Nordeste (146; p<0,05) e Centro-Oeste (110; p<0,05), exceto à do Sul (402; p=0,4). A média de mortes em mulheres de 60 anos ou mais (746/ano) foi superior à dos homens no mesmo grupo etário (573/ano; p<0,05), com proporção de 1:1,3. Em comparação a 2010, a taxa de mortalidade por queda da mesma altura mais que dobrou em 2021, passando de 4,8 para 10,1 a cada 100.000 brasileiros. Conclusão. Na nossa população amostral, o risco de mortalidade cresce junto a idade e é maior no sexo feminino. Observou-se também uma mediana anual de óbitos maior na região Sudeste, com diferença relevante às demais regiões, excetuando o Sul. Ademais, houve uma maior taxa de mortalidade em 2021 comparado a 2010. Destarte, é importante elaborar medidas que visem amenizar riscos inerentes a idade e políticas públicas de atenção a essa importante casuística.

  • Palavras-chave
  • Mortalidade, Acidentes por Quedas, Inquéritos Epidemiológicos
  • Área Temática
  • Saúde
Voltar
  • Saúde

Comissão Organizadora

Comissão Avaliadora:

- Isis Nunes Veiga 
- Viviana Nilla Olavarria Gallazzi
- Barbara Maria Santos Caldeira
- Kiyoshi Ferreira Fukutani 
- Renato Guizzo 
- Misa Cadide Duarte 
- Everton Tenorio De Souza 
- Jorgas Marques Rodrigues 
- Thiago Barbosa Vivas 
- Vanessa Serva Vazquez 
- José Tadeu Raynal Rocha Filho 
- Luis Filipe Daneu Fernandes 
- Marta Sobral Ferreira
- Taíse Peneluc Menezes 
- José Cupertino Nogueira Neto 
- Amanda Catariny De Oliveira Silva 
- Edvana dos Santos Ferreira 
- Michelle Castro Montoya Flores 
- Tiago Landim d'Avila 
- Julie Alvina Guss Patricio
- Soraya Fernanda Cerqueira Motta 
- Naiara Moreira Pimentel 
- Janete Braga Vilas Boas 
- Michel Pordeus Ribeiro 
- Valquiria Lima Cavalcanti 

Comissão Científica

- Anédia Dourado

- Nathan Keneitsi de Souza Ogochi

- Vanessa Serva Vazquez

- Thiago Barbosa Vivas

- Barbara Maria Santos Caldeira