Introdução: A pancreatite aguda (PA) é uma condição inflamatória aguda do pâncreas que varia entre quadros autolimitados e sistêmicas graves. A PA grave corresponde a 20% dos casos, sendo que 52,2% destes possuem alto índice de mortalidade. Houve um total de 1475 óbitos registrados por PA na Bahia nos anos de 2010 a 2017. Diante disso, é relevante identificar fatores preditores de mortalidade para proporcionar melhor qualidade no manejo clínico e promover intervenções capazes de reduzir o número de óbitos. Objetivo: Analisar fatores associados à mortalidade intra-hospitalar em pacientes com PA internados na unidade terciária da rede pública do Estado da Bahia. Métodos: Consiste em um estudo observacional quantitativo retrospectivo de coorte (N=161). Foi utilizado o programa SPSS for Windows®? para tabulação e análise dos dados epidemiológicos, clínicos, laboratoriais e radiológicos. Estes foram coletados através de prontuário eletrônico e armazenados no Excel 2019 para serem analisados e associados com desfecho alta/óbito. Para as variáveis categóricas, foi utilizado Qui-quadrado ou t - Student e, para não categóricas, t- student ou Mann-Whitney. Para comparar as variáveis com desfecho foi utilizado teste t - Student. Foi considerado como estatisticamente significantes valores de p<0,05 e o intervalo de confiança 95%. Foram incluídos pacientes a partir de 18 anos admitidos no Hospital do Subúrbio diagnosticados com pancreatite aguda de acordo com o CIDK85. CAAE:47562721.8.000.5032. Resultados: Hipertensão e cardiopatia foram correlacionadas diretamente com a mortalidade, assim como o tabagismo. A etiologia biliar mostrou-se predominante. Pacientes que, nas primeiras 48 horas utilizaram intubação orotraqueal, drogas vasoativas e que não tiveram suporte nutricional obtiveram mortalidade estatisticamente maiores (p=0,000). Pacientes que apresentaram qualquer cultura positiva também manifestaram relação com maior taxa de óbito. (p=0,010). Fatores laboratoriais da admissão como aumento de hematócrito, creatinina, lactato e ureia obtiveram significância estatística com relação ao desfecho negativo, assim como a diminuição da hemoglobina (p=0,038) e aumento da creatinina (p=0,018) e ureia (p=0,000) no 2°dia de internação. Conclusão: Hipertensão, cardiopatia, o não uso de suporte nutricional em 48 horas, antibioticoterapia, elevação de hematócrito, creatinina e ureia foram fatores que apresentaram maior taxa de mortalidade hospitalar.
Comissão Organizadora
Comissão Avaliadora:
- Isis Nunes Veiga
- Viviana Nilla Olavarria Gallazzi
- Barbara Maria Santos Caldeira
- Kiyoshi Ferreira Fukutani
- Renato Guizzo
- Misa Cadide Duarte
- Everton Tenorio De Souza
- Jorgas Marques Rodrigues
- Thiago Barbosa Vivas
- Vanessa Serva Vazquez
- José Tadeu Raynal Rocha Filho
- Luis Filipe Daneu Fernandes
- Marta Sobral Ferreira
- Taíse Peneluc Menezes
- José Cupertino Nogueira Neto
- Amanda Catariny De Oliveira Silva
- Edvana dos Santos Ferreira
- Michelle Castro Montoya Flores
- Tiago Landim d'Avila
- Julie Alvina Guss Patricio
- Soraya Fernanda Cerqueira Motta
- Naiara Moreira Pimentel
- Janete Braga Vilas Boas
- Michel Pordeus Ribeiro
- Valquiria Lima Cavalcanti
Comissão Científica
- Anédia Dourado
- Nathan Keneitsi de Souza Ogochi
- Vanessa Serva Vazquez
- Thiago Barbosa Vivas
- Barbara Maria Santos Caldeira