Influência da pandemia do Covid 19 no rastreamento citopatológico do câncer cervical no Nordeste

  • Autor
  • Ana Silvia Santos de Sousa
  • Co-autores
  • Artur Dias Cerqueira
  • Resumo
  •  

    Introdução O rastreamento citopatológico de câncer do colo do útero contribuiu para a redução da incidência desta neoplasia em pacientes entre 25 e 64 anos. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a rotina para o rastreamento no Brasil é a repetição do exame a cada três anos, após dois exames normais, consecutivos, realizados com um intervalo de um ano. No entanto, a busca pela realização do exame de rastreamento pode ter sido reduzida, devido a restrições impostas pela pandemia do COVID-19.  Objetivos Identificar o impacto da pandemia da COVID-19 nas taxas de realização do exame citopatológico, no nordeste do país, influenciando o rastreio do câncer de colo de útero.   Métodos Trata-se de um estudo transversal e analítico, com dados secundários, sobre o impacto da pandemia da COVID-19 na taxa de rastreamento do câncer cervical na população alvo em 2020 e 2021, segundo os estados nordestinos, comparando as com as taxas dos anos anteriores a pandemia, 2018 e 2019. Os dados foram extraídos do “Sistema de Informação de Câncer- SISCAN (câncer de colo de útero e mama)” do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde. As informações foram categorizadas e analisadas por meio do programa Microsoft Excel – 2019. Resultados  Entre 2018 e 2020 foram realizados cerca de 6 milhões de exames citopatológicos em mulheres com idade entre 25 e 64 anos. A maior taxa de rastreamento ocorreu em 2018 com 1.714.803 investigações, representando 29,0% do total de exames no período em estudo. Porém, em 2020 essa taxa caiu 12,8%, ou seja, quase 800 mil pessoas deixaram de realizar o exame. Essa redução foi comum a todos os Estados nordestinos, sendo que na Bahia, o número de exames citopatológicos reduziu de 453.197 (29,1%) em 2018 para 232.083 (14,9%) em 2020. Em 2021, foi evidenciado um aumento no alcance do rastreio, de modo que Sergipe, Piauí e Alagoas apresentaram acréscimo médio de 1,13% na taxa de citologias efetuadas em 2018.  Conclusão O estudo demonstrou uma diminuição quantitativa da coleta citopatológica nos Estados nordestinos em 2020 em comparação aos anos de 2018 e 2019.A quantidade de preventivos realizados apresentou um crescimento de 2020 para 2021, retornando a um quantitativo semelhante aos anos anteriores à pandemia do Covid 19. Isto sugere que a pandemia pode ter dificultado a realização desse procedimento, consequentemente, as ações de rastreio do câncer do colo do útero. 

     

  • Palavras-chave
  • COVID-19, Neoplasias do Colo do Útero, Teste de Papanicolau
  • Área Temática
  • Saúde
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  • Saúde

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