Mortalidade por Doença de Chagas na região Nordeste entre os anos de 2010 a 2020

  • Autor
  • Luan Araújo de Pinho
  • Co-autores
  • Rodrigo Carvalho de Menezes , Ana Carolina Rios Carvalho
  • Resumo
  •  

    Introdução:
    A tripanossomíase americana, mais conhecida regularmente como doença de Chagas, é uma antropozoonose causada por um protozoário flagelado, o Trypanosoma cruzi (T.cruzi), e transmitida por “barbeiros” ou “chupões” que são os triatomíneos (insetos hematófagos). Devido à infecção pelo protozoário, ocorre uma miocardite aguda e em seguida uma miocardite crônica fibrosante, de baixa intensidade e incessante, causando dano progressivo no miocárdio que posteriormente leva a cardiomiopatia crônica da doença de chagas, que tem como consequência a insuficiência cardíaca (IC), aneurismas ventriculares, arritmias complexas e morte súbita. No Brasil, dentre os anos de 2012 a 2015, foram registradas aproximadamente 2,5 a 3 milhões de infecções, a maior parte destas sendo registrada nas cidades, como consequência do fluxo de indivíduos das áreas rurais para os centros urbanos.

    Método:

    Trata-se de um estudo retrospectivo transversal com dados secundários obtidos no Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) referente à mortalidade por Doença de Chagas na região Nordeste. O período considerado foi de 2012 a 2020 e as variáveis utilizadas foram óbitos por ano.

    Resultados:
    Na década analisada, no Nordeste, houve um decréscimo de 12,2% nos óbitos, passando de 1099 (2010) – ano do maior registro- para 966 (2020). Nos primeiros 5 anos, houve uma diminuição progressiva dos números estudados, sendo que o ano de 2015 registrou 955 óbitos, o menor contingente de toda a década analisada. Em seguida, houve aumento de 5,3% em 2016, com 1006 óbitos, seguido de 2017, com 984 e 2019 e 2020, que registraram o mesmo número de óbitos – 1022.
    Assim, no período de 2010 a 2020, foram registrados 11.210 óbitos causados pela Doença de Chagas na região analisada. O estado com maior número foi a Bahia, com 6783 óbitos, representando 60,5% de todo o contingente registrado. Em seguida, Pernambuco (1299) e Alagoas (1012). O público mais acometido foi do sexo masculino 59,6% (n=6.147), autodeclarados pardos 55,7% (n= 3.946), com idade entre 60 e 69 anos 24,9% (n=1.620).

    Conclusão:
    A mortalidade por Doença de Chagas na região Nordeste, nos anos de 2010 a 2020, apresentou uma queda de 12,2% no período analisado. Destaca-se o estado da Bahia como o detentor do maior número de óbitos, seguido de Pernambuco e Alagoas. O público do sexo masculino, pardo e com idade entre 60 e 69 anos é o que apresenta o maior registro de mortes.

     

  • Palavras-chave
  • Doença de chagas, mortalidade, nordeste
  • Área Temática
  • Saúde
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  • Saúde

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