INTRODUÇÃO: Dentre as neoplasias malignas de lábios, a maioria dos casos ocorre no lábio inferior em decorrência de uma maior exposição à luz solar. Considerando o subtipo histológico, o mais prevalente é o carcinoma espinocelular, correspondendo a aproximadamente 95% dos casos, seguido pelo carcinoma basocelular, segundo o Tratado de otorrinolaringologia - 3ª edição (2018), de Shirley Shizue Nagata Pignatari e Wilma Terezinha Anselmo-Lima. Geralmente, o diagnóstico é precoce, contribuindo para um melhor prognóstico, apresentando em média um índice de cura maior que 80%, com taxa de mortalidade entre 10% e 15%. OBJETIVO: Descrever o perfil epidemiológico da neoplasia maligna do lábio no Brasil nos anos de 2017 a 2022. MÉTODO: Consta de um estudo de dados agregados observacional transversal descritivo, baseado em dados do Painel de Oncologia Brasil e do Sistema de Informação de Morbidade (SIM), disponíveis no Departamento de Informática do Ministério da Saúde (DATASUS) . A população incluída consiste em pacientes brasileiros diagnosticados com neoplasia maligna de lábios entre 2017-2022. Dentre as variáveis utilizadas, constaram faixa etária, número de casos, sexo e protocolo terapêutico. O Microsoft Office Excel® 2016 foi utilizado para compilar todos os dados coletados e para confecção dos gráficos avaliados. RESULTADOS: Constatou-se um total de 5328 casos no período analisado. Do total de casos, 64% eram do sexo masculino (3411) e 36% do sexo feminino (1917). A faixa etária com maior número de ocorrências foi entre 65-69 anos de idade, representando 13,9% do total (739), seguida por pacientes com 60-64 anos (13,4%) e 80 anos e mais (13%). O protocolo mais realizado foi a cirurgia (46,8%), seguido pela radioterapia (12,3%) e quimioterapia (0,8%), e, por fim, encontram-se sem informação de tratamento 40,1%. Além disso, de acordo com o Sistema de Informação de Morbidade no período do estudo totalizou-se 15.288 óbitos decorrente de neoplasias de lábio, cavidade oral e faringe. CONCLUSÃO: A análise dos dados desse trabalho entre os anos de 2017 e 2022 é consistente com a epidemiologia das neoplasias malignas de lábio, com predominância do sexo masculino e maior acometimento na 6º década de vida, viabilizando melhor prognostico, planejamento e intervenções de saúde mais eficazes para abordagem dos casos, tendo como o tratamento mais utilizado, a cirurgia 2.490 (46,8%).
Comissão Organizadora
Comissão Avaliadora:
- Isis Nunes Veiga
- Viviana Nilla Olavarria Gallazzi
- Barbara Maria Santos Caldeira
- Kiyoshi Ferreira Fukutani
- Renato Guizzo
- Misa Cadide Duarte
- Everton Tenorio De Souza
- Jorgas Marques Rodrigues
- Thiago Barbosa Vivas
- Vanessa Serva Vazquez
- José Tadeu Raynal Rocha Filho
- Luis Filipe Daneu Fernandes
- Marta Sobral Ferreira
- Taíse Peneluc Menezes
- José Cupertino Nogueira Neto
- Amanda Catariny De Oliveira Silva
- Edvana dos Santos Ferreira
- Michelle Castro Montoya Flores
- Tiago Landim d'Avila
- Julie Alvina Guss Patricio
- Soraya Fernanda Cerqueira Motta
- Naiara Moreira Pimentel
- Janete Braga Vilas Boas
- Michel Pordeus Ribeiro
- Valquiria Lima Cavalcanti
Comissão Científica
- Anédia Dourado
- Nathan Keneitsi de Souza Ogochi
- Vanessa Serva Vazquez
- Thiago Barbosa Vivas
- Barbara Maria Santos Caldeira