Introdução: As redes sociais facilitam a disseminação de conteúdos e experiências, podendo influenciar positivamente ou negativamente as vivências pessoais. 65% dos jovens de até 25 anos ingressam diariamente meios digitais, podendo acessar as milhares de abordagens inadequadas sobre o suicídio. Assim, efeitos negativos podem ser gerados, principalmente em grupos vulneráveis. Objetivo: Identificar os impactos causados pelas redes sociais no estímulo ao suícidio entre os jovens. Material e Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura de cunho qualitativo, efetuada em agosto de 2022 nas bases de dados: Embase via Cochrane Library, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e MEDLINE via Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). A questão norteadora no acrônimo PICO, sendo: Quais os impactos gerados pelas redes sociais no estímulo ao suícidio entre os jovens? Elencaram-se os seguintes Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): “Rede social”, “Ideação suicida”, e Adolescente, utilizando o operador booleano AND. Elegeram-se, estudos primários disponíveis na íntegra, entre 2014 a 2022. Excluíram-se dissertações, teses e artigos indisponíveis. Inicialmente encontraram-se 32 artigos científicos, entretanto com a utilização dos critérios de inclusão e exclusão, restaram 21 estudos. Destes, 12 estudos foram selecionados. Resultados: As evidências científicas apontam que as mídias eletrônicas, bem como informações sobre o suicídio retratadas de forma maçiva, além dos detalhes de métodos letais, elevam o risco de contágio. Por ser um local sem regulamentações, em que o anonimato se faz presente, a internet tornou-se um importante meio em que o suicídio é explanado sem cautela, conteúdos pró-suicidas são difundidos por meio de debates, pactos, cartas deixadas por suicidas e fotografias de atos, influenciando e encorajando os atos contra a própria vida. Dados evidenciam que entre os jovens, em sua maioria usuários diários, houve um aumento de 10% entre 2002 e 2014. Assim, torna-se evidente que as políticas públicas atuais estão perdendo sua eficácia frente aos crescentes números de suicídios no país, havendo a necessidade de mudar a explanação das informações divulgadas. Conclusão. Percebe-se a contribuição da internet para o suícidio. Sendo necessária maior atenção ao desenvolvimento de estratégias que visem orientar a população para uma abordagem cuidadosa, prevenção e promoção da saúde mental.
Comissão Organizadora
Comissão Avaliadora:
- Isis Nunes Veiga
- Viviana Nilla Olavarria Gallazzi
- Barbara Maria Santos Caldeira
- Kiyoshi Ferreira Fukutani
- Renato Guizzo
- Misa Cadide Duarte
- Everton Tenorio De Souza
- Jorgas Marques Rodrigues
- Thiago Barbosa Vivas
- Vanessa Serva Vazquez
- José Tadeu Raynal Rocha Filho
- Luis Filipe Daneu Fernandes
- Marta Sobral Ferreira
- Taíse Peneluc Menezes
- José Cupertino Nogueira Neto
- Amanda Catariny De Oliveira Silva
- Edvana dos Santos Ferreira
- Michelle Castro Montoya Flores
- Tiago Landim d'Avila
- Julie Alvina Guss Patricio
- Soraya Fernanda Cerqueira Motta
- Naiara Moreira Pimentel
- Janete Braga Vilas Boas
- Michel Pordeus Ribeiro
- Valquiria Lima Cavalcanti
Comissão Científica
- Anédia Dourado
- Nathan Keneitsi de Souza Ogochi
- Vanessa Serva Vazquez
- Thiago Barbosa Vivas
- Barbara Maria Santos Caldeira