Introdução. ‘’É estimado que 49% dos pacientes que evoluem com DCAS (disfunção cerebral associado à sepse) tenham uma maior probabilidade de morrer em comparação àqueles indivíduos sem alteração neurológica.’’ Esse dado alarmante da revista Fiocruz demonstra a importância desse tema pouco estudado: encefalopatia séptica, que consiste em uma disfunção cerebral difusa resultante de uma infecção sistêmica a qual causa um conjunto de alterações no organismo que são deflagradas por uma resposta inflamatória. Ademais, é fundamental destacar a gravidade desse quadro, uma vez que os pacientes que sobrevivem apresentam importante declínio cognitivo de longo prazo e perda da qualidade de vida. Sendo assim, é notório que um diagnóstico precoce e um manejo adequado fazem-se necessários para que haja melhor prognóstico. Objetivo. Avaliar a importância do diagnóstico e manejo da encefalopatia séptica assim como as consequências desta patologia a curto e longo prazo. Método. Foi realizada uma revisão sistemática, através de buscas em plataformas de dados como NCBI, FioCruz e Scielo. Foram incluídos 19 artigos publicados, tanto em inglês quanto português em diversas, entre os anos de 2010 e 2022. Resultados. Foi descoberto nessa análise que a presença da Encefalopatia Associada à Sepse (EAS) está associada a maior morbi-mortalidade implicando em maior tempo de internação, bem como maiores custos para o sistema de saúde. Pode ser a primeira manifestação da sepse e tem relação com déficits cognitivos, transtornos de ansiedade, estresse e menor qualidade de vida. Cerca de 70% dos casos desenvolvem polineuropatia e miopatia da doença crítica e, em pacientes obesos, observamos uma maior exacerbação da sepse. O diagnóstico da EAS é feito por exclusão, porém alguns marcadores são capazes de colaborar com o raciocínio clínico: elevação de aminoácidos aromáticos e os microRNAs. Conclusão. Logo, o quadro de encefalopatia associada à sepse se relaciona com um prognóstico ruim, tendo em vista o seu acometimento agressivo e sistêmico. Dessa forma, é importante o diagnóstico ainda no início do quadro, visando uma intervenção precoce na tentativa de se evitar o desenvolvimento do quadro para polineuropatia e/ou miopatia da doença crítica, principalmente em pacientes obesos, onde temos um quadro mais exacerbado.
Comissão Organizadora
Comissão Avaliadora:
- Isis Nunes Veiga
- Viviana Nilla Olavarria Gallazzi
- Barbara Maria Santos Caldeira
- Kiyoshi Ferreira Fukutani
- Renato Guizzo
- Misa Cadide Duarte
- Everton Tenorio De Souza
- Jorgas Marques Rodrigues
- Thiago Barbosa Vivas
- Vanessa Serva Vazquez
- José Tadeu Raynal Rocha Filho
- Luis Filipe Daneu Fernandes
- Marta Sobral Ferreira
- Taíse Peneluc Menezes
- José Cupertino Nogueira Neto
- Amanda Catariny De Oliveira Silva
- Edvana dos Santos Ferreira
- Michelle Castro Montoya Flores
- Tiago Landim d'Avila
- Julie Alvina Guss Patricio
- Soraya Fernanda Cerqueira Motta
- Naiara Moreira Pimentel
- Janete Braga Vilas Boas
- Michel Pordeus Ribeiro
- Valquiria Lima Cavalcanti
Comissão Científica
- Anédia Dourado
- Nathan Keneitsi de Souza Ogochi
- Vanessa Serva Vazquez
- Thiago Barbosa Vivas
- Barbara Maria Santos Caldeira