Mulheres na cirurgia: uma breve análise do perfil e da qualidade de vida das cirurgiãs no Brasil

  • Autor
  • ANNA LAURA ALVES DE OLIVEIRA
  • Co-autores
  • MONIQUE MAGNAVITA BORBA DA FONSECA CERQUEIRA
  • Resumo
  •  

    Introdução: Apesar do crescente aumento na quantidade de médicas,  a situação na área cirúrgica ainda está longe de ser igualitária. No Brasil, no que diz respeito à especialidade de Cirurgia Geral, as cirurgiãs representam apenas 21% do total de especialistas na área. Objetivos: Delinear o perfil das mulheres cirurgiãs no Brasil, de acordo com características sociodemográficas, formação, campos de atuação, engajamento científico, maternidade,  facilidades e obstáculos enfrentados e qualidade de vida das profissionais atuantes na área. Materiais e Metódos : Um questionário eletrônico composto por 42 perguntas foi disponibilizado durante 60 dias e teve seu link amplamente divulgado em redes sociais de cirurgiãs atuantes no Brasil. As perguntas aplicadas seguiram o modelo proposto no WHOQOL-bref para avaliação da qualidade de vida. Após a coleta, retornaram 199 questionários válidos, cujos dados foram tabulados em planilhas do Microsoft Excel para análise descritiva simples. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UNEB, CAAE 48216021.6.0000.0057, parecer 4.998.863. Resultados: O perfil encontrado foi de mulheres entre 35-45 anos de idade, que estão atuando em especialidades cirúrgicas por menos de 10 anos. Apesar de um alto engajamento científico, grande parte das cirurgiãs nunca ocuparam cargos de liderança. No aspecto "maternidade", 73,5% das entrevistadas gestaram com idade entre 31 e 40 anos e mais da metade acreditam que o fato de serem mães interferiu negativamente em suas carreiras. Mais de 75% das entrevistadas passaram por situações desconfortantes durante a residência médica e afirmaram que já se sentiram prejudicadas em algum momento pelo fato de serem mulheres. No quesito "qualidade de vida", as áreas de maior impacto negativo foram as relacionadas ao lazer, apoio de familiares e amigos, qualidade e quantidade de sono. Conclusão: Apesar deste estudo ser considerado uma pesquisa preliminar devido às limitações relacionadas à população estudada, é possível verificar as dificuldades enfrentadas por mulheres no âmbito das especialidades cirúrgicas. Dessa forma, faz-se necessário que mais estudos e discussões sejam feitas, buscando a compreensão das desigualdades de gênero enfrentadas e, por conseguinte, suas melhorias.

  • Palavras-chave
  • Cirurgia, Mulheres, Identidade de Gênero, Preconceito, Qualidade de Vida
  • Área Temática
  • Saúde
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  • Saúde

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