Introdução. Nos últimos anos, a busca pelo desenvolvimento das estratégias de ensino-aprendizagem vem sendo uma realidade dentro dos cursos na área de saúde. A inserção de tecnologias diversas nesse processo contribui bastante com a tarefa de aprimoramento dos ambientes acadêmicos. Nesse contexto, a utilização de simulações virtuais vem dando forma ao “Simulation-based learning” (SBL), ou “Aprendizado baseado em simulação”, uma das ferramentas que há tempos ganhou seu espaço no ensino médico. Diversas evidências vêm comprovando a efetividade dos simuladores de realidade virtual (VR) no ensino de uma série de procedimentos. Objetivos. 1) Caracterizar a produção científica existente sobre a aplicação de ferramentas de realidade virtual na formação dos estudantes de medicina; e 2) Identificar quais as formas de simuladores de realidade virtual que vêm apresentando bons resultados no contexto da educação médica. Metodologia. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura realizada a partir de pesquisa nas bases de dados Medline (via Pubmed), Lilacs e SciELO. Foram utilizados os descritores “Simulation training” (e 1 sinônimo), “Laboratories” (e 1 sinônimo), “Virtual reality” (e 4 sinônimos) e “Medical students” (e 3 sinônimos). Resultados e Discussões. Foram incluídos 17 artigos. Enquanto a “realidade virtual” foi a forma de simulação mais utilizada, presente em 16 (94,1%) artigos, os simuladores de “Realidade alternativa” foram utilizados em apenas 1 (5,9%) dos estudos. As simulações em cirurgia foram as mais abordadas (64,7%), mais especificamente os procedimentos de laparoscopia e artroscopia de joelho. As vantagens das simulações em realidade virtual são inegáveis em determinados contextos e possuem um alcance que vai além do próprio procedimento praticado. Habilidades médicas como o exame físico diagnóstico e adoção de medidas de biossegurança também se mostraram presentes nas simulações de VR experienciadas pelos estudantes. Conclusão. A maior parte dos trabalhos abordou a aplicação de VR para aprimoramento das habilidades cirúrgicas e em menor quantidade em habilidades não cirúrgicas. O uso da realidade alternativa, no entanto, ainda não foi tão explorado na produção científica referente aos acadêmicos de medicina. A maior parte dos artigos relatou diversos benefícios da inserção dessas ferramentas na educação médica. Por fim, é essencial que mais produções científicas sejam realizadas com o intuito de avaliar esses métodos.
Comissão Organizadora
Comissão Avaliadora:
- Isis Nunes Veiga
- Viviana Nilla Olavarria Gallazzi
- Barbara Maria Santos Caldeira
- Kiyoshi Ferreira Fukutani
- Renato Guizzo
- Misa Cadide Duarte
- Everton Tenorio De Souza
- Jorgas Marques Rodrigues
- Thiago Barbosa Vivas
- Vanessa Serva Vazquez
- José Tadeu Raynal Rocha Filho
- Luis Filipe Daneu Fernandes
- Marta Sobral Ferreira
- Taíse Peneluc Menezes
- José Cupertino Nogueira Neto
- Amanda Catariny De Oliveira Silva
- Edvana dos Santos Ferreira
- Michelle Castro Montoya Flores
- Tiago Landim d'Avila
- Julie Alvina Guss Patricio
- Soraya Fernanda Cerqueira Motta
- Naiara Moreira Pimentel
- Janete Braga Vilas Boas
- Michel Pordeus Ribeiro
- Valquiria Lima Cavalcanti
Comissão Científica
- Anédia Dourado
- Nathan Keneitsi de Souza Ogochi
- Vanessa Serva Vazquez
- Thiago Barbosa Vivas
- Barbara Maria Santos Caldeira