Coinfecção TB/HIV em gestantes na Bahia no período de 2014 a 2019: um estudo ecológico de séries temporais

Coinfecção TB/HIV em gestantes na Bahia no período de 2014 a 2019: um estudo ecológico de séries temporais

• Autor
• Catarina Nykiel Matos
• Co-autores
• Igor Cavalcante Lira Barros , Júlia Figueirêdo de Almeida Novaes , Michel Felipe Gama da Silva Bastos , Lucas Gustavo Novaes Gonçalves , Mariana Gomes de Sousa , Thiago Barbosa Vivas
• Resumo

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  Introdução. A tuberculose (TB), doença infecciosa causada pelo Mycobacterium tuberculosis, é responsável por mais de 1,4 milhões de óbitos no mundo. O vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) reduz a imunidade do infectado, pois atinge células TCD4+, responsáveis por defender o organismo de infecções, predispondo em até 40 vezes a uma infecção por TB ou reativação de um quadro latente.  Diante disso, mulheres em idade reprodutiva são muito afetadas pela TB em locais com alta prevalência de HIV. Essa infecção está associada a um aumento da morbimortalidade em gestantes, recém-nascidos e crianças. No entanto, é evidente a escassez de dados acerca da coinfecção em gestantes, tanto em contexto nacional quanto estadual. Objetivo. Identificar o padrão de ocorrência da Coinfecção TB/HIV em gestantes na Bahia entre 2014-2019. Metodologia. Estudo ecológico de séries temporais cujos dados foram obtidos por consulta à base de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) para a Tuberculose. A população em estudo representa gestantes de 18 anos ou mais com confirmação para coinfecção entre TB-HIV. Foi utilizado o censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) como referência de população geral do sexo feminino da Bahia. A taxa de incidência para a coinfecção TB-HIV, foi apurada a partir da divisão do número de novos casos divididos pela população em risco de uma localidade específica. A produção e as análises das tabelas foram realizadas no Microsoft Excel. Resultados. 102 casos foram registrados em todo estado da Bahia, perfazendo incidência de 1,33 casos a cada 100 mil mulheres. Destas, 37 (36,27%) estavam em uso de terapia antirretroviral. Houve predomínio do grupo de 30 a 39 anos (39,1%) seguido por 25 notificações entre 20-29 anos (24,5%). A maioria dos casos foram de raça parda (41,1%) e referente a região de saúde de residência (CIR) das gestantes, Salvador apresenta o maior número de registros, seguida por Feira de Santana. Conclusão. Mostra-se uma baixa cobertura terapêutica na unidade amostral e períodos investigados. A maior quantidade de casos entre mulheres negras pode estar relacionada a um componente racial. A grande quantidade de notificações com idade gestacional ignorada ou não preenchida dificulta a identificação do trimestre com mais coinfecções. Políticas públicas para maior cobertura terapêutica e prevenção de coinfecção TB/HIV entre as gestantes, precisam ser norteadas por estudos com metodologia mais robustas. 

• Palavras-chave
• Coinfecção por HIV, Tuberculose, Gravidez
• Área Temática
• Saúde