A inquietude do coração. Um diálogo possível entre a antropologia de Santo Agostinho e o pensamento de Viktor Frankl.

A inquietude do coração. Um diálogo possível entre a antropologia de Santo Agostinho e o pensamento de Viktor Frankl.

• Autor
• Danilo José Janegitz
• Resumo

• A inquietude do coração. Um diálogo possível entre a antropologia de Santo Agostinho e o pensamento de Viktor Frankl.  

   

  Introdução: “(...) o coração do homem não descansa até que se encontre e se realize o sentido da vida” (FRANKL, 2011, p. 73) assim se refere Viktor Frankl, neuropsiquiatra alemão ao utilizar do pensamento agostiniano para falar da busca de sentido como condição da existência humana. Frankl não apenas faz referência a obra mais conhecida de Santo Agostinho, As Confissões, ao parafrasear o texto agostiniano “nosso coração é inquieto está o nosso coração até repousar em ti” (Conf. 1,1), mas traz elementos profundamente agostinianos na antropologia de base da Logoterapia e Análise Existencial. A interface do pensamento antropológico de Viktor Frankl, judeu do século XX com o pensamento antropológico de Santo Agostinho, católico do século V e VI, não é apenas possível, mas necessário para resgatar o tema da autotranscedência para a antropologia do século XXI que por vezes tem fragmentado ou reduzido a concepção do ser humano. O ser humano encontra sentido amando alguém ou uma causa como afirmou Frankl. Agostinho fala do ORDO AMORIS, a necessidade de um amor ordenado que rompe com o egoísmo do coração humano para amar autenticamente. Objetivo Geral: Proporcionar um diálogo entre o pensamento antropológico de Santo Agostinho e o de Viktor Frankl, desde a afirmação do ser humano como alguém que busca sentido fora dele, portanto, capaz de autodistanciamento e autotranscedência.  Desenvolvimento: ETAPA I: Trazer de modo suscinto os elementos mais importantes e fundamentais da antropologia de ambos autores. ETAPA II : Fazer um diálogo com a atualidade percebendo lacunas em uma antropologia deficitária, que fragmenta o ser humano a nada mais que as dimensões BIO-PSICO. ETAPA III: Trazer a importância do resgate da dimensão espiritual para a antropologia de hoje, recuperando o verdadeiramente humano da condição humana. ETAPA IV: Uma pequena aclaração sobre a diferença do espiritual e do religioso para bem entender o pensamento antropológico de Viktor Frankl. Conclusão: Apresentar uma breve conclusão afirmando a possibilidade de diálogo e interface dos dois autores. Resultado: Como resultado esperado se poderia intuir a necessidade de uma antropologia que considere o ser humano como um ser que busca sentido e realização fora de si mesmo. A autotranscedência apareceria assim, como um antídoto contra o vazio existencial. Considerações Finais: A inquietude do coração faz com que o homem busque pelo sentido. Buscar significa sair. Sair significa ir além de si mesmo. O homem como peregrino é atraído pelo sentido. A bússola? Sua consciência. Agostinho e Frankl captaram desde suas experiências genuinamente humanas que a inquietude do coração humano tem conexão profunda com a vida em seu caráter de missão. As Confissões e o livro em Busca de Sentido se tornam narrativas diferentes, de contextos diferentes, mas em definitiva, os dois autores são homens movidos pela busca de sentido. A vida interroga o homem do século IV, do século XX e do século XXI. Caberá a cada homem, e apenas a cada homem na sua singularidade e unicidade, responder de maneira livre e responsável às perguntas que a vida faz em cada momento e circunstância de sua existência.

• Palavras-chave
• Antropologia, Logoterapia, Análise Existencial, Autotranscendência.
• Modalidade
• Comunicação oral
• Área Temática
• • Antropologia pedagógica

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