Introdução: O câncer é classificado como uma doença crônica que se desenvolve devido ao crescimento desordenado de células que podem se espalhar pelos os órgãos e tecidos, resultando na formação de tumores malignos e benignos. Fatores ambientais, mutações gênicas e hábitos de vida conferem riscos iminentes para o desenvolvimento da doença. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o câncer é uma doença crônica que apresenta maior taxa de mortalidade, sendo responsável pela a morte de uma a cada seis pessoas, estimando-se aproximadamente 14 milhões de mortes a cada ano. Assim, a atuação multidisciplinar é imprescindível para melhora do prognóstico da doença, especialmente no que cerne a manutenção do estado nutricional do paciente. Objetivo: Elucidar, por meio da literatura, a importância do nutricionista na terapia coadjuvante em pacientes oncológicos. Metodologia: Foi realizado um levantamento bibliográfico nas bases de dados SciELO, Google acadêmico e Pubmed, nos idiomas inglês e português, com ênfase em artigos publicados no período de 2014 a 2019, utilizando as palavras chaves: câncer, nutricionista, avaliação nutricional, equipe multidisciplinar. ResultadoS e Discussão: De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA) em torno de 64,4% dos pacientes oncológicos sofrem de diversas alterações metabólicas incluindo a perda de apetite como também a diminuição da deglutição e capacidade digestiva, devido as quimioterapias e radioterapias que causam mudanças desde o paladar até a absorção dos nutrientes pelo o trato gastrointestinal, resultando na perda de peso e desnutrição, com impacto negativo no prognóstico da doença. Mulheres com câncer de mama apresentam alta prevalência de sobrepeso e obesidade, já a desnutrição e perda de peso encontra-se mais presente nas neoplasias de cabeça, pescoço e gastrointestinais. Logo, é importante que na terapia nutricional as recomendações dietéticas sejam individuais, haja vista que a intervenção depende da gravidade, da localização do câncer e estágio da doença. Desse modo, quanto mais cedo a identificação da desnutrição ou risco nutricional melhores serão os resultados, como amenização dos sintomas e redução da perda de massa magra, diminuição do tempo de permanência no hospital e da morbimortalidade. Sendo assim, é importante oferecer uma diversidade dos nutrientes, com inserção de imunomoduladores, além de possibilitar flexibilização das rotinas alimentares, para melhor absorção e aproveitamento orgânico da dieta. Conclusão: Haja vista todas essas questões, é indiscutível a necessidade da presença de um nutricionista no cuidado multidisciplinar do paciente oncológico, uma vez que a orientação dietética é primordial para o sucesso e recuperação do paciente.
Palavras-chave: Câncer, Alimentação, Estado Nutricional
Comissão Organizadora
Janaina Lúcio Dantas
Giovani Rivera Amado
Paloma Cyntia da Silva Figueiredo
Comissão Científica