INTRODUÇÃO: As doenças cardiovasculares representam uma das principais causas de morbimortalidade no cenário mundial e seu aumento expressivo nos países em desenvolvimento alerta para um possível impacto nas camadas menos beneficiadas (RIQUE; SOARES MEIRELLES, 2002; GUS et al., 2015). Nos último anos, o processo de transição demográfica e epidemiológica, seguidos pelo processo de transição nutricional, caracterizado pela diminuição contínua dos casos de desnutrição e prevalências crescentes de sobrepeso e obesidade, vem modificando padrões de ocorrência de doenças na população mundial, colaborando assim para o acréscimo da prevalência de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) (COUTINHO et al., 2008). O Brasil vem vivenciando nesses últimos anos uma mudança significativa no padrão alimentar de sua população, fenômeno este que se insere no contexto da transição nutricional, com aumento significativo da prevalência de excesso de peso e obesidade (PINHO et al., 2014). Além disso a Sociedade Brasileira de Cardiologia (2013), o consumo elevado de carboidratos desempenha efeito direto no aumento de peso e desenvolvimento da obesidade (SBC, 2013). OBJETIVO: Avaliar a correlação do estado nutricional e padrão alimentar de indivíduos com o desencadeamento de doenças cardiovasculares. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo de caráter exploratório descritivo, com abordagem quantitativa e de campo. Envolveu levantamento bibliográfico, entrevista e a utilização de um Questionário de Frequência, Alimentar contendo 14 perguntas. A população foi constituída por usuários da Unidade Básica de Saúde José Gomes Filho, do município de Água Branca, sendo a amostra composta por 30 usuários da referida Unidade. Foram incluídos cardiopatas maiores de 18 anos, mediante a assinatura do Termo de Concetimento Livre Esclarecido(TCLE). Para a coleta dos dados utilizou a balança antropométrica portátil (Modelo G-Tech® Sport Atiderrapante Azul) com capacidade de 130 kg e fita métrica (fisioStore®) para aferição da estatura e das circunferências. RESULTADOS E DISCUSSÕES: Nos estudos obtidos foi possível observar que 47% da população estão com sobrepeso e obesidade e 50% apresentaram risco muito elevado para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, além disso, esta população apresentou um padrão alimentar inadequado em relação a ingestão e frequência de alguns alimentos considerados expressivos para o risco cardiovascular. No entanto, esta população também apresentou outros fatores de risco para tal patologia como, Hipertensão Arterial, Diabetes Melittus, Dislipidemia, histórico familiar e inatividade física. CONCLUSÃO: Conclui-se que houve um número expressivo de excesso de peso, com risco para doenças cardiovasculares, no qual presentaram um padrão inadequado com consumo de alimentos preditores a essa patologia. Portanto, se faz necessário inserir atividades voltadas para esta população em busca de estratégias para solucionar tais problemas. Palavras-chaves: Doenças cardiovasculares, Transição Nutricional, Saúde Pública.
Comissão Organizadora
Janaina Lúcio Dantas
Giovani Rivera Amado
Paloma Cyntia da Silva Figueiredo
Comissão Científica