Introdução: O câncer e o seu tratamento afetam o estado nutricional dos doentes alterando as funções metabólicas e reduzindo a sua ingestão alimentar. O cuidado paliativo é uma das abordagens de tratamento do câncer avançado, que objetiva melhorar a qualidade de vida dos pacientes e seus familiares que enfrentam a doença, por meio da prevenção e alívio do sofrimento e tratamento da dor e outros problemas de natureza física, psíquica e espiritual. Como membro da equipe multiprofissional, que atua neste âmbito, está o nutricionista, que exerce papel substancial nesses cuidados. Objetivo: Realizar uma revisão da literatura sobre a importância da nutrição no cuidado paliativo em paciente oncológico. Material e Métodos: Trata- se de uma revisão bibliográfica, com trabalhos publicados no período de 2012 a 2019 nas bases de dados Scientific Electronic Library online (SciELO), Bireme, PubMed, Web of Science e Cinahl e Embase, usando os seguintes descritores: nutrição, câncer e cuidados paliativos. Foram incluídos 22 artigos publicados em concordância a temática abordada. Resultados: Os indivíduos em estágio avançado do câncer experimentam diversos sintomas e alterações funcionais que modificam a capacidade e a experiência de se alimentarem como por exemplo, perda parcial ou total do paladar, dificuldade de digerir, etc. Nesse sentido, o nutricionista é tido como um dos profissionais que auxilia no processo de evolução desses pacientes, através da assistência alimentar e nutricional, podendo otimizar o controle de sintomas e ingestão alimentar, oferecendo recursos e esclarecimentos aos pacientes e familiares, impactando positivamente na sua qualidade de vida. Em relação a escolha do tratamento nutricional, a via oral sempre é a mais indicada, ou na impossibilidade desta, aplica-se a nutrição enteral e, em último caso, a parenteral. A intervenção nutricional deve garantir a oferta adequada de líquidos e a preservação do peso e da composição corporal do paciente, e as recomendações nutricionais variam de acordo com a expectativa de vida do indivíduo doente. Contudo, independente da conduta dietoterápica a ser utilizada, a terapia nutricional deve respeitar a vontade do paciente. Conclusão: A intervenção do nutricionista nos cuidados paliativos contribui para melhorar e prevenir os sintomas decorrentes do tratamento oncológico e juntamente com outras medidas e uma equipe multiprofissional, proporcionar conforto e bem-estar, gerando mais prazer e qualidade de vida a esses pacientes.
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Janaina Lúcio Dantas
Giovani Rivera Amado
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