INTRODUÇÃO: O câncer representa um dos principais problemas de saúde da atualidade. As complicações provenientes da terapia para essa doença dependem da localização do tumor, da sua malignidade, do estadiamento e da modalidade de tratamento usada para o mesmo (CABALLERO; LAGARES; GARCIA, 2012; SINGH; SCULLY; JOYSTON-BECHAL, 2013). Dentre os métodos utilizados no tratamento do câncer, a radioterapia e a quimioterapia antineoplásia com drogas isoladas ou associadas ou radiação ionizante são administradas com o objetivo de tratar ou controlar a doença. Contudo, pode causar efeitos de toxicidade gastrointestinal (PEIXOTO., et al, 2015). A mucosite é a condição resultante da inflamação da mucosa oral pela ação de medicamentos quimioterápicos ou da radiação ionizante. Estudos apontam que aproximadamente de 85 a 100% dos pacientes submetidos a radioterapia ou quimioterapia desenvolvem o quadro em graus variados, dependendo da dose de radiação recebida, do tipo de droga quimioterápica adotada e ao regime de administração (SCIUBBA; GOLDENBERG, 2011). As lesões orais resultantes da quimioterapia podem ser prevenidas ou atenuadas com a crioterapia, caracterizada pela aplicação de gelo na cavidade oral. O arrefecimento da temperatura da mucosa oral conduz à vasoconstrição e consequentemente a diminuição da circulação do fármaco na mucosa oral, desta forma impede que o agente quimioterápico chegue aos tecidos bucais em grandes quantidades reduzindo a toxicidade local e a gravidade do dano a mucosa (MARINHO, 2018). OBJETIVOS: o presente estudo teve como objetivo analisar o uso da crioterapia com o propósito de atenuar os efeitos da mucosite oral induzida pela quimioterapia e/ou radioterapia MATERIAL E MÉTODOS: O estudo caracteriza-se por ser revisão bibliográfica, onde foram realizadas pesquisas nas bases de dados eletrônicos Google Acadêmico e Scielo, além de livros e artigos publicados. O material selecionado está redigido no idioma português. Os artigos foram selecionados conforme os critérios de inclusão pré-estabelecidos no presente estudo. Para a pesquisa foi utilizado as palavras-chave: Quimioterapia, Mucosite Oral e Crioterapia. Quanto aos critérios de inclusão foram selecionadas pesquisas com pacientes em tratamento quimioterápico e radioterápico que apresentaram mucosite oral como efeito colateral e fizeram uso da crioterapia. RESULTADOS: A literatura mostrou que a Crioterapia pode contribuir para atenuação da mucosite oral induzida na pós quimioterapia e/ou radioterapia, sendo considerada um bom coadjuvante na recuperação das mucosas lesadas. Vieira et al. (2018) relata que em pesquisa realizada entre pacientes oncológicos em quimioterapia, os principais desejos alimentares são de frutas, suco de frutas e sorvete. Há relatos e evidências de que a textura dos alimentos e a baixa temperatura influenciam positivamente no alívio das dores causadas pelas lesões e relatam ainda, que a preferência desses desejos são por líquidos e alimentos refrigerados, como bebidas e sobremesas. CONCLUSÃO: A crioterapia utilizada como coadjuvante no tratamento da mucosite oral pode ser uma opção viável, possibilitando a redução das lesões apresentadas nos pacientes submetidos a quimioterapia e/ou radioterapia, melhorando a tolerância do tratamento e contribuindo para melhora da ingestão alimentar do paciente. Porém, mais ensaios clínicos precisam ser realizados, com amostras maiores e melhor delineamento metodológico.
Comissão Organizadora
Janaina Lúcio Dantas
Giovani Rivera Amado
Paloma Cyntia da Silva Figueiredo
Comissão Científica
Ferramenta completa de submissão, avaliação e publicação de anais para eventos científicos.
