INTRODUÇÃO
No que diz respeito à etiologia do câncer, pode-se considerá-lo como sendo uma enfermidade crônica pelo crescimento acelerado e desordenado de células, que possuem defeitos em seu material genético, podendo ser de origem química, física ou biológica (INUMARU; SILVEIRA; NAVES, 2011).
Dentro do contexto das neoplasias que mais acometem as mulheres, o câncer de mama se destaca, atingindo mulheres jovens e idosas, com taxa de mortalidade crescente (SCLOWITZ et al., 2005).
De acordo com os fatores de risco associados ao câncer de mama, pode-se citar os fatores ginecológicos, antropométricos, história de amamentação e ingestão de bebidas alcoólicas (INUMARU; SILVEIRA; NAVES, 2011).
No processo reprodutivo da mulher, a amamentação é a etapa mais importante. Essa prática precoce oferece vantagens na saúde, tanto para o bebê como para a mãe. Além da mãe oferecer o alimento para o filho, o ato de amamentar promove a saúde de ambos e favorece o vínculo afetivo (MARTINS; SANTANA, 2013).
Os benefícios da amamentação para a saúde da mulher são inúmeros, como a redução do risco de câncer de mama, câncer ovariano, osteoporose e artrite reumatóide. Outros benefícios também são citados como retorno mais rápido ao peso pré-gestacional e menor sangramento uterino pós-parto (REA, 2004).
Diante do exposto, o presente trabalho objetiva-se avaliar o impacto da amamentação na prevenção do câncer de mama, tendo em vista a necessidade de se comentar mais sobre o assunto devido à alta incidência desse tipo de câncer.
MATERIAIS E MÉTODOS
Trata-se de uma revisão da literatura, utilizando-se como base de dados o Scielo, Google acadêmico e MedLine, utilizando-se como descritores: câncer mamário, prevenção, amamentação, incluindo-se artigos completos, na língua portuguesa, dos últimos 14 anos, que se relacionem com a temática proposta.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Para a mulher, a amamentação tem sua importância vital em diversos aspectos, como por exemplo, amamentar por no mínimo dois meses, reduz o risco de desenvolver o câncer de epitélio ovariano em 25%, de 3 a 24 meses é o principal fator de proteção contra o câncer de mama, antes da menopausa, ou seja, quanto mais tempo de amamentação maior a proteção contra a neoplasia de mama (ANTUNES et al., 2008).
Por outro lado, também ter sido amamentada quando bebê mostrou relação significativa com a incidência de câncer de mama na idade adulta. Outros benefícios para a mulher que amamenta são o retorno ao peso pré-gestacional mais precocemente e o menor sangramento uterino pós-parto (conseqüentemente, menos anemia), devido à involução uterina mais rápida provocada pela maior liberação de ocitocina, que é estimulada pela sucção precoce do bebê (TOMA; REA, 2008).
A proteção da mama contra o câncer relaciona-se a uma modulação do sistema imunológico, em que na composição do leite materno existem células especializadas como, por exemplo, os macrófagos, que atuarão promovendo a lise das células neoplásicas (MARTINS; SANTANA, 2013).
A redução da mortalidade e o melhor prognóstico têm relação com o diagnóstico precoce da doença, de acordo com os modos de prevenção, incluindo a prevenção secundária que se trata das ações preventivas realizadas. O exame clínico de mama (ECM) e a mamografia (MMG) são os exames mais eficazes para a detecção deste tipo de câncer (GONÇALVES et al., 2017).
Em uma ampla e recente revisão de literatura, trouxe em seus resultados a importância dos benéficos da amamentação quanto á saúde da mulher, afirmando não só o menor risco de desenvolvimento de câncer de mama, como também uma ligação inversa em relação entre a duração da amamentação e o risco de câncer de mama, o efeito protetor da amamentação cresce com o aumento da duração da amamentação (SOARES et al., 2019).
Fundamentando-se nesse modelo, pressupõe-se que a mulher, ao considerar riscos e benefícios da amamentação exclusiva, posiciona, em evidencia, os condicionantes que ela considera mais significativos, por isso a importância do incentivo ao aleitamento materno como forma de profilaxia em respeito ao câncer mamário (ROCHA et al.,2018).
CONCLUSÃO
O ato da amamentação é um processo fisiológico, indícios demostram inúmeros benefícios da amamentação quanto á saúde da mulher, com isso confirmando-se o menor risco em relação ao desenvolvimento de câncer de mama, o baixo risco ocorre tanto para mulheres antes como depois da menopausa.
Comissão Organizadora
Janaina Lúcio Dantas
Giovani Rivera Amado
Paloma Cyntia da Silva Figueiredo
Comissão Científica