INTRODUÇÃO: Devido ao aumento do consumo de refeições realizadas em estabelecimentos produtores de alimentos, torna-se maior a preocupação sobre a execução de procedimentos adequados que garantam a qualidade do alimento ofertado, com o objetivo de minimizar os riscos de contaminação que podem acarretar problemas de saúde na população. A Organização Mundial de Saúde considera doenças transmitidas por alimentos um grande problema de saúde pública global, estima se que a cada ano causem o adoecimento de uma a cada 10 pessoas e 33 milhões de anos de vida perdidos, além disso, doenças transmitidas por alimentos podem ser fatais, especialmente em crianças menores de 5 anos, causando 420 mil mortes (BRASIL, 2018). Nessas circunstâncias, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária em 2004 aprovou a Resolução RDC 216, que tem a finalidade de dirigir de forma adequada e segura os procedimentos padronizados de boas práticas para serviços de alimentação com o intuito de assegurar as condições higiênico-sanitárias dos alimentos elaborados (FERREIRA et al. 2011). OBJETIVO: O presente trabalho tem como objetivo analisar a importância da realização adequada dos processos operacionais na manipulação de alimentos garantindo a segurança e qualidade higiênico-sanitária dos mesmos. MATERIAL E MÉTODOS: Trata-se de uma revisão bibliográfica de artigos dos anos de 2004 a 2011 disponível no banco de dados Scielo. RESULTADOS: A falta de informação aos profissionais manipuladores de alimentos, pode acarretar falhas sanitárias na preparação das refeições, originadas por contaminação física, química ou biológica, que provocam uma série de problemas à saúde do comensal e prejuízo às empresas. A falta de periodicidade da higienização das mãos é um dos principais fatores preocupantes, além da forma incorreta de higienizá-las (ANDREOTTI et al. 2007). A implantação e implementação dos Procedimentos Operacionais Padronizados e das Boas Práticas são responsáveis pela segurança no preparo e condições de armazenamento dos alimentos, garantindo a saúde da coletividade evitando a propagação de doenças. Na manipulação de alimentos, os microrganismos causadores de doenças aproveitam qualquer falha sanitária para multiplicar-se provocando sérios danos à saúde do consumidor. Com isso os Procedimentos Operacionais Padronizados devem conter as informações sequenciadas das operações realizadas em relação à higienização das instalações, equipamentos e móveis; ao controle integrado de vetores e pragas urbanas; ao controle da potabilidade da água utilizada; e à higiene e saúde dos manipuladores. Tendo como objetivo estabelecer instruções continuas para a realização das operações especificas e rotineiras na manipulação dos alimentos, minimizando os risco de contaminação dos mesmos. CONCLUSÃO: Diante do analisado, conclui-se que se faz necessário a adoção de treinamento específico aos manipuladores de alimentos, o cumprimento das boas práticas e dos procedimentos operacionais padronizados de acordo com os padrões e diretrizes estabelecidos, afim de garantir a qualidade higiênico sanitária dos produtos alimentares como medida de prevenção de doenças de origem alimentar.
Comissão Organizadora
Janaina Lúcio Dantas
Giovani Rivera Amado
Paloma Cyntia da Silva Figueiredo
Comissão Científica