USO DE CREATINA PARA MELHORA DE COMPOSIÇÃO CORPORAL E PERFORMANCE NO BASQUETE AMADOR – UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

  • Autor
  • Thiago Alves Viana
  • Co-autores
  • Larissa Jaiane Oliveira Larissa Jaiane Oliveira da Costa , Riama Raniely Sobral de Souza , Raquel Bezerra de Sá de Sousa Nogueir
  • Resumo
  • INTRODUÇÃO

    Paralelamente ao crescimento do numero de praticantes tanto para fins estéticos, competição ou força, há um aumento proporcional do uso de suplementos alimentares, dentre eles se destaca a creatina, usada por atletas que praticam musculação e priorizam treinamentos de hipertrofia e explosão. Sendo assim, a fim de ter uma melhor performance, vários atletas e desportistas, estão buscando o uso dos recursos ergogênicos. São tratamentos ou substâncias utilizadas para melhorar o desempenho esportivo (FONTANA, VALDES, BALDISSERA, 2003).

    Deve-se ter cuidado para o uso desse tipo de suplementos, sendo importante um acompanhamento para saber a quantidade necessária que o paciente poderá consumir juntamente com os alimentos das outras refeições, assim tendo uma dieta balanceada para poder alcançar o objetivo (CORRÊA, NAVARRO, 2014).

    A creatina é uma combinação polipeptídica de glicina, arginina e metionina, sendo conhecida como ácido metil guanidina – acético (GREENHAFF, 1995). Sua síntese no homem acontece em duas etapas: a primeira localizada no rim, no qual a glicina e arginina são transformadas a partir da enzima transaminidase, desta forma a creatina circula até o fígado para receber um grupo metil, oriundo do aminoácido metionina. Pode-se encontrar a creatina principalmente em produtos de origem animal, principalmente em peixes e carne vermelha, na ordem de 2 - 5g em 1Kg, dependendo do alimento fonte (PERALTA, AMANCIO, 2002).

    Em um homem de 70Kg, a quantidade total de creatina corporal é de aproximadamente 120g, sendo encontrada principalmente na forma fosforilada nos músculos esqueléticos (95%), e no plasma (50 -100 mmol/L), ao passo que a excreção diária se dá em torno de 2g, na forma de creatinina. A capitação da creatina pelas células musculares é um processo saturável que ocorre ativamente contra um gradiente de concentração (transportador sódio dependente), possivelmente envolvendo sítios específicos da membrana que reconhecem parte da molécula da creatina (GREENHAFF, 1997).

    A creatina (ácido ?-metil guanidino acético) é uma substância produzida pelos rins, fígado e pâncreas, por meio dos aminoácidos arginina e glicina. É também encontrada na alimentação, principalmente em carnes vermelhas e peixes (GUALANO et al., 2008).

    O objetivo deste estudo foi verificar a eficácia da suplementação de creatina na composição corporal e performance de atletas amadores de baquete da cidade de Patos, Paraíba, Brasil.

     

    MATERIAIS E MÉTODOS

    Trata-se de um relato de experiência, realizado com 10 indivíduos do gênero masculino, adultos, sendo cinco do grupo suplementado com creatina com protocolo de saturação (GCS) e cinco do grupo suplementado com placebo (maltodextrina).

    Os indivíduos receberam a dosagem de creatina ou placebo de acordo com seu respectivo grupo sem saber qual substância estava recebendo. Todos utilizaram uma dosagem de 20g da substância nos primeiros sete dias e depois realizou a fase de manutenção, onde os indivíduos utilizaram 3g por dia até o final do estudo. (GRINDSTAFF et al. 1997)

    Todo o tempo do início da fase de saturação até o final do estudo durou 32 dias, sendo 7 dias para a fase de saturação e 25 dias com fase de manutenção.

    Foram analisadas as seguintes variáveis, antes do início do protocolo experimental, e 2 dias após o final da suplementação. Sendo realizados: a anotação das variáveis de idade e altura; avaliação do peso e da composição corporal por bioimpedância elétrica (analisador Omron Balança de controle corporal Modelo HBF-514C); Testes de arremessos livres realizados em quadra poliesportiva. Foram realizados 10 arremessos para cada atleta amador, com intervalo entre arremessos visando concentração, e mensurado os acertos de cada um. Este teste foi realizado no dia de início do estudo e reavaliado no 2° dia após o final da suplementação.

    A análise dos dados foi realizada imediatamente após a coleta da informação, em planilhas do programa Excel (Microsoft Inc., Estados Unidos, 2013) com opções de formatação e validação para a diminuição de erros.

     

    RESULTADOS E DISCUSSÃO

    Com base nos dados colhidos foi possível verificar que as idades médias dos grupos eram relativas sendo 26,8 anos para o grupo suplementado por placebo e 25,2 para o grupo suplementado por creatina.

    A média de altura dos grupos também eram similares sendo 174,4cm para o grupo suplementado por placebo e 173,2cm para o grupo suplementado por creatina.

    Pode-se observar que de acordo com o Gráfico 1 que apresenta o demonstrativo de Peso, IMC – Índice de Massa Corporal, Percentual de Gordura e Percentual de Massa Magra dos indivíduos suplementados por Placebo obtiveram aumento em todas as variáveis.

     

    Gráfico 1 – Demonstrativo de Peso, IMC, Percentual de Gordura e Percentual de Massa Magra – Grupo suplementado por Placebo

     

     

     

     

     

     

     

    Observando o Gráfico 2 que apresenta o demonstrativo de Peso, IMC – Índice de Massa Corporal, Percentual de Gordura e Percentual de Massa Magra dos indivíduos suplementados por Creatina é possível perceber que houve aumento das variáveis de peso, IMC e percentual de massa magra, porém houve diminuição do percentual de gordura.

     

    Gráfico 2 – Demonstrativo de Peso, IMC, Percentual de Gordura e Percentual de Massa Magra – Grupo suplementado por Creatina

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

    Durante muitos anos, foi creditado que o ganho de massa magra por meio da suplementação de creatina é devido à retenção hídrica causada pela mesma, porém em alguns estudos tem sido demonstrado que as proteínas contráteis têm sido influenciadas por mudanças nos conteúdos intracelulares de água.

    Outra explicação para o ganho de massa muscular é a redução da degradação e o aumento da síntese proteica. O edema celular proveniente da retenção hídrica atenua a taxa de degradação proteica por reduzir a liberação de aminoácidos de cadeia ramificada (Leucina, Valina, Isoleucina), retornando ao normal quando a célula restabelece as condições normais, sugerindo assim, que a creatina reduz a proteólise muscular (PERALTA, AMANCIO, 2002; GUALANO et al., 2010).

    Fazendo um comparativo do aumento da massa magra nos dois grupos é possível perceber um aumento de 1,30% no grupo suplementado por placebo e um aumento de 3,08% no grupo suplementado por creatina.

    Em relação aos testes de arremessos livres dos grupos foi possível perceber a melhora na performance do grupo que suplementou Creatina como referenciado no Gráfico 3.

     

    Gráfico 3 – Performance de Acertos nos Arremessos livres em quadra poliesportiva

    Palavras-chave

  • creatina, performance, suplementação
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