A literatura indica que a falta de estímulo no exercício da função docente, os conflitos decorrentes das relações interpessoais no contexto escolar e as condições precárias de trabalho são algumas das questões contextuais que podem prejudicar o exercício profissional, o vínculo com os alunos e o estado emocional de professores ao final do Ensino Fundamental. A partir da Teoria Bioecológica do Desenvolvimento Humano, o presente estudo teve por objetivo avaliar indicadores de processo e os efeitos de um Programa de Habilidades Sociais e Educativas no repertório de habilidades sociais, habilidades sociais educativas e nas crenças de autoeficácia docente. Participaram do estudo 45 professores que lecionavam para os anos finais (do 6º ao 9º ano) do Ensino Fundamental, em escolas públicas no Estado do Rio de Janeiro. Os participantes foram alocados por conveniência em dois grupos: intervenção (N=22); controle (N=23). O programa foi composto por 10 encontros, com medidas de avaliação de necessidades, processo, pré-teste e pós-teste. Os professores responderam aos instrumentos: Inventário de Habilidades Sociais; Inventário de Habilidades Sociais Educativas - professor; Escala de Autoeficácia Docente. A avaliação de processo indicou criação de vínculos positivos entre os professores e as facilitadoras, observados por meio do aumento dos comportamentos satisfatórios durante os encontros e dos relatos sobre a realização das tarefas de casa. Os resultados indicaram que a intervenção promoveu o repertório de habilidades sociais e educativas dos professores e aumentou as crenças de autoeficácia docente. Conclui-se que a intervenção evidenciou alguns indicadores de efetividade, favorecendo o desenvolvimento interpessoal dos educadores.
Comissão Organizadora
SIHS UFMA
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