A literatura tem identificado fatores de proteção no ambiente de acolhimento institucional de adolescentes, que podem agir como mecanismos de suporte que viabilizam um desenvolvimento saudável,mesmo diante de circunstância adversas. Apartir da Teoria Bioecológica do Desenvolvimento Humano, o estudo teve por objetivos: (1) caracterizar o repertório de habilidades sociais dos adolescentes acolhidos institucionalmente; (2) analisar as associações entre as habilidades sociais, as crenças de autoeficácia e a percepção de apoio social (família, pares,professorese educadores sociais) de adolescentes institucionalizados. Participaram do estudo 50 adolescentes (idade média de 15,40 anos), sendo 36 do sexo masculino, acolhidos em instituições no Estado do Rio de Janeiro. Os adolescentes responderam por meio de entrevistas: (1) Questionário de Investigação Geral para Crianças Abrigadas; (2) Inventário Multimídia de Habilidades Sociais; (3) Escala de Percepção de Apoio Social; (4) Escala de Autoeficácia Generalizada.Os resultados mostraram que os adolescentes apresentaram um repertório inferior na maioria das classes de habilidades sociais.Foram encontradas associações positivas entre as habilidades sociais (total, autocontrole e participação) e a percepção de apoio social da família, pares, professores e educadores sociais. As crenças de autoeficácia correlacionaram com a percepção de apoio social. Com os dados da pesquisa foi possível identificar recursos dos adolescentes e dos seus contextos que favorecem o seu desenvolvimento socioemocional. Além disso, as informações contribuirão para a desconstrução de estigmas e crenças em torno dessa população em acolhimento e para o fomento de intervenções para a promoção de saúde mental com esses adolescentes.
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