O objetivo deste estudo foi analisar o repertório de habilidades sociais de um grupo de crianças com Transtorno do Espectro Autista. Pessoas que possuem TEA normalmente têm dificuldades de relacionamento interpessoal, leitura social, entendimento de gestos e linguagem corporal, além de dificuldade de emitir respostas emocionais adequadas em determinadas situações. Foram observadas oito crianças com idades entre quatro e cinco anos matriculadas na Unidade de Trabalho Diferenciado – Transtorno do Espectro Autista, instituição que atende crianças e adolescentes com TEA no formato de Atendimento Educacional Especializado no município de Angra dos Reis. Para compor a base de dados utilizamos a pesquisa-ação no qual as pesquisadoras colocaram-se como elementos que fizeram parte da situação que estava sendo estudada, não pretendendo ter uma posição de observadoras neutras. A nossa ação no ambiente e os efeitos dessa ação foram, também, materiais relevantes para a pesquisa. Utilizamos técnicas comportamentais introduzidas de forma lúdica, como ensaio comportamental, modelação, feedback gestual e resolução de problemas. Os resultados demonstraram déficits em comportamentos socialmente relevantes, tais como atenção compartilhada, habilidades para engajar-se em atividades com o outro, flexibilidade e resolução de conflitos, seguimento de regras, contato visual e empatia. Crianças com autismo apresentam dificuldades acentuadas nas interações sociais e necessitam de programas que visem à aquisição de maneiras mais adaptativas de comunicação. Concluímos que estabelecer intervenções voltadas para a promoção de habilidades sociais com um coerente embasamento técnico e teórico, o trabalho com crianças autistas através do Treinamento em Habilidades Sociais, pode proporcionar ganhos satisfatórios.
Comissão Organizadora
SIHS UFMA
Comissão Científica