Nas crianças com desenvolvimento típico o brincar se constituí base da interação social e aprendem a brincar sozinhas. Nas crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), muitas vezes tal habilidade encontra-se rígida ou não simbólica. O brincar implica existir negociação entre outras crianças, o que resulta na ampliação das habilidades sociais infantis. O objetivo deste estudo foi analisar as contribuições do brincar simbólico na ampliação das habilidades sociais em crianças com autismo. Participaram dez crianças diagnosticadas com TEA, com idades entre cinco a oito anos. Para compor a base de dados foi utilizado o procedimento de observação participante, no qual as pesquisadoras colocaram-se como elementos que fizeram parte da situação que estava sendo estudada, não pretendendo ter uma posição de observadoras neutras. A nossa ação no ambiente e os efeitos dessas ações foram, também, materiais relevantes para a pesquisa. Estimulamos de forma estruturada o brincar simbólico com brinquedos, bonecos, fantoches e músicas. Os resultados foram a ampliação de comportamentos de iniciar, manter e finalizar conversas; pedir ajuda; fazer e responder a perguntas; fazer e recusar pedidos; defender-se; expressar sentimentos, agrados e desagrados; pedir mudança no comportamento do outro; lidar com críticas e elogios; admitir erro e pedir desculpas e escutar empaticamente, dentre outros. . Concluímos que o brincar simbólico pode ser uma das formas de interação basal da criança com TEA, sendo assim é de extrema importância para a ampliação das habilidades sociais infantis, além de fortalecer e possibilitar a generalização dos comportamentos habilidosos em outros ambientes.
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