O desenvolvimento das habilidades sociais pode contribuir com programas de prevenção ao suicídio, uma vez que essas são fatores de proteção para a saúde mental. O objetivo desse trabalho exploratório é investigar como as habilidades sociais são compreendidas na experiência de um evento de prevenção ao suicídio, realizado na Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Para isso, foi enviado um formulário eletrônico com perguntas abertas e de múltipla escolha para 284 participantes. O questionário investigou o motivo de ida ao evento, se as habilidades sociais eram conhecidas pelos participantes, o quanto o evento influenciou nos relacionamentos interpessoais e quais temas mais contribuíram para esse processo. Responderam voluntariamente o formulário 53 pessoas, com idade entre 16 e 60 anos, sendo a maioria do sexo feminino (79,2%). A análise das respostas abertas foi realizada por meio do software Iramuteq. Os resultados indicaram que a maior parte das pessoas procurou o evento para aprender a lidar com o sofrimento daqueles que as rodeiam e auxiliá-los (64,2%) e 79% dos participantes já conheciam sobre as habilidades sociais. Acerca da influência do evento nas relações interpessoais, segundo a nuvem de palavras, os termos “suicídio”, “questão” e “ajudar” foram os que mais estiveram presentes. Discute-se a importância de as habilidades sociais serem inseridas em contextos educativos, como universidades e escolas, para a prevenção ao suicídio. Conclui-se que as habilidades sociais fortalecem e/ou facilitam a rede de apoio e acolhimento, o desenvolvimento interpessoal e a promoção de saúde mental.
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