Estudo da percepção de professores do Ensino Fundamental sobre a pertinência de ultrapassar os aspectos conteudistas que envolvem a cognição e sistematizar o processo de ensino-aprendizagem de habilidades sociais. Constitui uma pesquisa exploratória (Gil, 2009), com abordagem quanti-qualitativa (Minayo, 2008), utilizando questionário e entrevista semiestruturada. Pesquisou 90% dos 23 professores dos anos finais do Ensino Fundamental de uma escola em São Luís. Considerando com Vygotsky (2000) e Luria (1981) o complexo sistema funcional dos processos mentais superiores, fica possível estabelecer conexões entre habilidades sociais e cognitivas. Obteve-se que professores reconhecem que seus alunos precisam desenvolver habilidades sociais, entendidas conforme teoria do Big Five (apud ABED, 2014). A maioria (87,5%) associaram habilidades sociais com rendimento escolar, na linha dos estudos de Del Prette & Del Prette (2002) e Lemos e Meneses (2002, Apud Santos & Prime, 2014). Embora entendam que elas repercutem no relacionamento, convivência social, participação e autonomia, apenas 50% consideraram pertinente inclui-las de modo intencional e planejado em seus processos de ensino-aprendizagem, o que indica necessidade de maior visibilidade dos impactos das dimensões das HS (abertura para novas experiências, extroversão, amabilidade, conscienciosidade e estabilidade emocional, Del Prette, 2001). Apresenta contribuições para programa de capacitação continuada com professores de educação básica, possibilitando o aperfeiçoamento de suas habilidades de gerenciamento das emoções, subsidiando sua identidade e autoimagem, auxiliando-os em suas práticas docentes, prevenindo a síndrome de Burnout, formatando sua resiliência e compromisso ético com o ofício de ensinar pessoas, desenvolvendo habilidades cognitivas e sociais, constituindo-se andaime de vidas humanas felizes.
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