O objetivo do trabalho foi compreender, através de revisão de literatura, de que forma o déficit no ensino de habilidades sociais no contexto da graduação em medicina afeta o exercício da profissão, sobretudo a relação médico-paciente. Para tanto fez-se levantamento de artigos em periódicos das áreas da Psicologia e da Educação Médica publicados nos últimos sete anos e a proposta metodológica inclui os seguintes pontos: contextualização de Habilidades Sociais; análise dos fatores que explicam déficit de inserção da HS na área da Medicina e possíveis impactos de tal déficit. De acordo com a revisão de literatura utilizada, o ponto chave que influencia no déficit de Habilidades Sociais dos médicos é a sua formação acadêmica. O modelo organicista de tratamento, as pressões que esses profissionais sofrem desde o início de sua graduação são fatores limitadores na construção dessas habilidades. Durante a faculdade de Medicina, os docentes prezam pela transmissão da técnica em detrimento do ensino mais empático ao tratar o paciente, e a grade curricular, dos cursos de Medicina, é um reflexo dessa postura, com disciplinas como Psicologia Médica, Antropologia Médica e Sociologia Médica menos valorizadas nos cursos e consequentemente pelos alunos. Sendo assim, a atual postura dos profissionais de medicina é o resultado de uma formação com foco na técnica e não nas Habilidades Sociais ao tratar do paciente. Conclui-se que há particularidades em relação a falta de Habilidades Sociais do profissional de Medicina que é impreterível uma avaliação que proveja contribuição para futuras intervenções que tem esse foco.
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