O objetivo deste estudo foi analisar e ampliar o repertório de habilidades sociais de uma criança com autismo de dez anos matriculada na escola regular e no contra turno na Unidade de Trabalho Diferenciado — Transtorno do Espectro Autista (UTD/TEA), instituição que atende crianças e adolescentes com autismo no formato de Atendimento Educacional no município de Angra dos Reis. Para compor a base de dados utilizamos a pesquisa-ação no qual as pesquisadoras colocaram-se como elementos que fizeram parte da situação que estava sendo estudada, não pretendendo ter uma posição de observadoras neutras. A nossa ação no ambiente e os efeitos dessa ação foram, também, materiais relevantes para a pesquisa. Utilizamos filmagens para analisar comportamentos apresentados pela criança, assim como os déficits de habilidades sociais. Durante os atendimentos e filmagens observamos formas agressivas da criança ao lidar com os seus pares e professores o que estava comprometendo o acesso e o processamento cognitivo da estimulação social do ambiente do AEE e da escola regular. Utilizamos diferentes procedimentos empregados na THS como: modelação com participação dirigida, ensaio de comportamento, inversão de papéis, contratos, autoavaliação, instrução, feedback e reforçamento positivo. Utilizávamos como instrumentos fantoches / bonecos, brincadeiras lúdicas a fim de produzir vivências para que a criança entendesse e lidasse com as suas emoções e começasse a realizar trocas habilidosas com seus pares. Concluímos que o trabalho embasado na Teoria de Habilidades Sociais contribuiu para o aumento e generalizações de comportamentos habilidosos com professores e outros pares na UTD-TEA e na escola regular.
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