As habilidades sociais são conceituadas como um conjunto de classes comportamentais do repertório pessoal, que são demandados pelo contexto de interação social, e que podem contribuir com o desempenho socialmente competente como importantes indicadores de qualidade de vida. Este estudo tem como objetivo exemplificar a correlação entre os déficits em habilidades sociais e as crises de ansiedade. O procedimento adotado foi o de psicodiagnóstico, desenvolvido ao longo de 5 encontros, com a utilização de técnicas como, anamnese, entrevista semiestruturada, análise funcional, observação sistemática, análise de relato verbal e comportamento não-verbal, além de discussão de caso em supervisão docente. O processo contou ainda com a aplicação do QHC, de autoria de Bolsoni e Loureiro. Trata-se de um estudo de caso, em que o cliente A, 20 anos, solteiro, não possui filhos e tem ensino superior incompleto chega para atendimento com queixas de “crises de ansiedade”. Os resultados denotam baixa frequência de emissão de habilidades de comunicação, falar em público e demonstração de afetos; e potencialidade considerável no que se associa ao repertório operante de assertividade; ou seja, o avaliando consegue se posicionar perante os contextos, embora tenha dificuldades para lidar com as consequências provenientes de seus posicionamentos. Assim, nota-se que a demanda de ansiedade está hipoteticamente relacionada ao fragilizado repertório de habilidades sociais, principalmente no que tange ao contexto familiar, repercutindo também nos demais relacionamentos que estabelece. Deste modo, observa-se a importância acompanhamento psicoterapêutico, visando auxiliar o processo de desenvolvimento das habilidades sociais necessárias para uma melhor qualidade de vida.
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