O presente estudo tem como objetivo descrever as limitações ambientais e relacionais mediante o déficit no repertório de habilidades sociais presentes no atendimento de um adolescente institucionalizado e as possibilidades de manejo de contingências encontradas durante o trabalho clínico sob o enfoque da Terapia Analítico-Comportamental. Foram realizadas 8 sessões de atendimento. Sendo 1 de triagem, 4 de avaliação e 3 de avaliação e intervenção. Utilizou-se o método descritivo a partir do relato de experiência na clínica durante o período de estágio supervisionado no ano de 2017. O foco das intervenções com o adolescente direcionou-se ao estabelecimento de vínculo terapêutico e a instalação de repertório verbal de eventos privados. Discutem-se as dificuldades enfrentadas no atendimento dessa clientela, como a frequência e prosseguimento nos atendimentos, o exercício do terapeuta na tentativa de construir e sustentar o vínculo com o cliente e o estabelecimento de contingências produtoras de mudanças comportamentais no setting de maneira a promover sua generalização. Por fim, questiona-se a importância e os benefícios dos cuidados parentais no desenvolvimento de habilidades sociais e emocionais desde a infância até a adolescência e de como a ausência destes cuidados pode refletir em longo prazo na dificuldade de manter um padrão comportamental variável e socialmente habilidoso.
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