O advento da internet possibilitou novos padrões comportamentais, promovendo ampliação das interações sociais e das modalidades de comunicação. Objetivou-se avaliar a correlação entre o nível de habilidades sociais e dependência a internet. Participaram 211 pessoas, selecionadas pela técnica não probabilística por conveniência, maiores de 18 anos que utilizassem diariamente internet. Utilizou-se um questionário sociodemográfico, a escala de dependência da internet (IAT) e a Escala de Multidimensional de Expressão Social (EMES-C, EMES-M). Os questionários foram adaptados para o sistema de formulários de pesquisa do Google e divulgados por meio de um link. Foram considerados os aspectos éticos pertinentes. Os dados foram analisados utilizando estatística descritiva e inferencial, processadas pelo pacote SPSS. Predominaram mulheres (73,5%), solteiras (75,4%), cursando graduação (82%), com idade média de 25,29 (DP=6,89). Encontrou-se índices de dependência a internet abaixo da média 37,11 (DP=11,93). Na escala de expressão social, tanto no domínio cognitivo (M=1,44; DP=0,78) como no motor (M=1,81; DP=0,53) apresentaram indicadores abaixo do ponto médio da escala. Verificaram-se correlações positivas, fracas e significativas entre a dependência de internet com Expressão Social Geral (?=0,306; p<0,01), com domínio cognitivo (?=0,348; p<0,01) e o domínio motor (?=0,209; p<0,01), expondo que quanto maior dependência de internet, maior déficit nas habilidades sociais. Conclui-se que, por apresentarem baixa competência de algumas habilidades que são necessárias para a adaptação em meio social, adotam uso demasiado da internet para suprir este déficit. Reforça-se a importância do desenvolvimento de intervenções primárias direcionadas ao uso ponderado da internet, oferecendo menos danos com o uso controlado, seguro e saudável.
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